Urna com cinzas de Prince será exposta para marcar 5 anos da morte
Cantor morreu por overdose acidental de fenatil
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O aniversário de cinco anos da morte de Prince será lembrado com a exposição da urna com as cinzas do cantor, no Paisley Park, em Minnesota (EUA), em 21 de abril. O local é um antigo complexo de gravação que serviu como casa do artista e hoje recebe fãs e músicos para turnês, shows, festivais e eventos especiais.
Os fãs poderão fazer uma visita gratuita, das 9h às 21h, ao local para prestar homenagens ao artista. As cinzas do cantor estão em urna de cerâmica feita sob medida em forma de Paisley Park com o símbolo do Prince no topo, que ficará no meio do estúdio de 6.000 metros quadrados. Normalmente, a urna fica em um espaço menos exposto no átrio, a pedido da família.
Em janeiro do ano passado, estrelas do pop e do soul se reuniram em Los Angeles para um tributo a Prince (1958-2016). O especial foi exibido pela rede americana CBS em abril, quarto aniversário da morte do cantor e compositor. A lista de convidados inclui Beck, Chris Martin (Coldplay), John Legend, St. Vincent, H.E.R. e Foo Fighters.
Prince morreu aos 57 anos em 21 de abril de 2016, em sua casa em Paisley Park, localizado em Minnesota, devido a uma overdose acidental do potente analgésico de fentanil. Só é possível obter o opiáceo sintético com receita médica.
Prince já teria tido uma emergência médica seis dias antes da morte, pela qual foi forçado a fazer um pouso forçado com seu jato particular em Illinois. De acordo com o "Los Angeles Times", ele cancelou dois shows da turnê "Piano and a Microphone", mas foi liberado pelos médicos para retornar a Minnesota. Fontes do site disseram que ele tinha uma forte gripe.
O "TMZ", porém, disse que Prince foi tratado por overdos, citando uma fonte da cidade de Moline, onde o cantor esteve internado. Segundo a publicação, a recomendação médica era que Prince permanecesse no hospital por mais uma noite, mas o cantor, mesmo não se sentindo bem, preferiu ir embora, pois não teria um quarto só para ele.
Na época, o "TMZ" também questionou a justificativa de gripe, dizendo que Moline fica a menos de uma hora de voo da residência do astro pop.
O departamento de Justiça fez um acordo com Michael Todd Schulenberg, o médico que atendeu Prince duas vezes antes de sua morte. Schulenberg confessou ter receitado Percocet, outro potente analgésico opioide, a um amigo do músico, sabendo que era para Prince, e aceitou pagar US$ 30 mil à Justiça.
O promotor afirmou que a investigação refutou a hipótese de que os medicamentos prescritos por Schulenberg ao astro teriam causado a morte dele. Segundo a investigação, Prince entrou em contato com uma caixa de medicamentos falsificados, apresentada como Vicodin, a marca americana de hidrocodona, outro analgésico opioide.
Mas as pílulas também continham fentanil, considerado de 30 e 50 vezes mais potente do que a heroína e de 50 a 100 vezes mais potente do que a morfina, de acordo com Órgão para o Controle/Combate das Drogas dos EUA.
Opiáceos sintéticos, incluindo o fentanil, explodiram uma crise de saúde pública nos Estados Unidos nos últimos anos. Segundo os Centros de Prevenção de Doenças (CDC), os opiáceos estavam relacionados com a morte de 42.249 pessoas nos Estados Unidos em 2016. "Nada sugere que Prince tenha tomado fentanil conscientemente", disse Mark Metz.
SUSPEITAS
Várias pessoas próximas do astro, incluindo a cantora e baterista Sheila E., disseram que o excesso de shows afetou Prince. Sempre usando sapatos de salto alto, ele costumava pular do palco, o que teria causado dor crônica nos quadris.
Acostumado a analgésicos, o artista estava ciente de que sofria de uma forma de vício e começou um tratamento de desintoxicação pouco antes de sua morte.
O fato de o promotor não ter feito acusações no caso "certamente não significa que alguém de seu histórico não tenha ajudado Prince a obter o falso Vicodin", disse Metz. "Mas as suspeitas e os rumores são totalmente insuficientes para justificar as acusações".
Segundo o CDC, o aumento no número de overdoses de opioides é devido ao tráfico de fentanil, desenvolvido em laboratórios clandestinos. Sua popularidade é tal que os cartéis de drogas mexicanos atacaram o mercado dos EUA.