Marilyn Manson é desligado de gravadora após Evan Rachel Wood denunciar abuso
Gravadora remove página do artista e diz que não vai trabalhar mais com ele
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A gravadora Loma Vista Recordings afirmou nesta segunda-feira (1°) que "não vai mais promover o álbum recente de Marilyn Manson ou trabalhar com ele em projetos futuros". A declaração foi dada ao site The Hollywood Reporter após a ex-namorada do artista Evan Rachel Wood, 33, acusar Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, de abusar dela "terrivelmente por anos".
Segundo a Vanity Fair, após a acusação da atriz, pelo menos outras quatro mulheres também relataram episódios de agressão sexual, abuso psicológico, violência ou intimidação que sofreram com Manson. O cantor não se manifestou até a conclusão deste texto. No passado, a sua equipe negou acusações semelhantes.
"À luz das alegações perturbadoras de Evan Rachel Wood e outras mulheres nomeando Marilyn Manson como seu abusador, Loma Vista deixará de promover seu álbum atual, com efeito imediato. Devido a esses desenvolvimentos preocupantes, também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em qualquer projeto futuro", disse a gravadora em comunicado ao site The Hollywood Reporter.
De acordo com a Billboard, antes do anúncio da gravadora, a página do artista já havia sido apagada do site de Loma Vista. O álbum recente de Marilyn Manson, "We Are Chaos", foi lançado em 11 de setembro de 2020, e estreou em 8º lugar na Billboard 200. O primeiro lançamento do Manson através do selo Concord Loma Vista foi The Pale Emperor em 2015.
"O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me assediar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos", escreveu Evan Rachel Wood em seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira (1°).
Wood e Manson começaram a namorar em 2006, quando ela tinha 19 anos, e ele, 36. Os dois tiveram um namoro ioiô por quatro anos. Em janeiro de 2010, Manson pediu a mão dela em casamento no palco de um show em Paris. No mesmo ano, o relacionamento terminou.
“Eu passei por uma lavagem cerebral, fui manipulada para ser submissa. Estou cansada de viver com medo de retaliação, difamação ou chantagem. Estou aqui para expor esse homem perigoso e avisar a todas as indústrias que o apoiam, antes que ele destrua mais vidas. Estou ao lado das muitas vítimas que não vão mais ficar em silêncio”, completou a protagonista de "Westworld".
Em 2016, em entrevista à revista Rolling Stone e em carta aberta publicada em seu perfil oficial no Twitter, Wood já havia revelado sobre situações de abuso que sofreu, mas sem citar o nome de Manson. "A primeira vez não tinha certeza de que, por ter sido um companheiro que fez, seria considerado um estupro, até ser tarde. E quem ia acreditar em mim?", escreveu.
Em 2019, em vídeo em que aparece chorando, a atriz voltou a falar sobre o assunto, mais uma vez, sem revelar o nome do cantor. "Estou tentando colocar tudo isso para trás, mas não sei se eu algum dia poderei fazer isso. Eu não estou bem porque não me lembro como é não sentir medo", afirmou, na ocasião.
Em resposta à postagem de Wood na mídia social, quatro outras mulheres apresentaram alegações de abuso semelhantes contra Manson. Wood compartilhou essas contas em suas histórias no Instagram. As alegações não são as primeiras que Manson enfrentou.
De acordo com o site The Hollywood Reporter, em maio de 2018, o músico teve um relatório policial movido contra ele por crimes sexuais não especificados que datavam de 2011. O advogado de Manson, Howard E. King, negou as alegações em uma declaração, na época, dizendo: em parte: "As alegações feitas à polícia foram e são categoricamente negadas pelo Sr. Warner e são completamente delirantes ou parte de uma tentativa calculada de gerar publicidade ... Qualquer alegação de impropriedade sexual ou prisão naquele, ou em qualquer outro, o tempo é falso. "