Cantora Majur faz desabafo no Dia da Visibilidade Trans: 'Somos invisibilizadas'
Para ela, é desestimulante que só pessoas cis ganhem seguidores e espaço na mídia
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A cantora Majur, 25, usou as redes sociais para fazer um desabafo a respeito do Dia da Visibilidade Trans. A data é comemorada nesta sexta-feira (29).
Conhecida entre outras músicas pelo hit "AmarElo", em que divide os vocais com Emicida e Pabllo Vittar, ela diz que os artistas transexuais precisam se esforçar muito mais para conseguir aparecer na mídia. "Somos invisibilizadas", afirmou.
"Eu amo muito vocês, agradeço vocês o quanto que vocês estão aqui sempre apoiando o nosso trabalho", disse aos fãs. "E é incrível ver o quão de verdade vocês são para conosco e se conectam com a verdade que a gente traz."
"Mas é desumano, é desestimulante a gente ver pessoas cis o tempo inteiro lançando coisas, muito famosas, incríveis, conhecidíssimas e nós temos mais de dez pessoas trans hoje na mídia vivendo de música, vivendo de arte, que não são visibilizadas da forma como deveriam ser", avaliou.
"A pergunta que eu faço para vocês: eu tenho 1 milhão de seguidores mesmo depois de lançar 'AmarElo', que é incrível, um hit com mais de 20 milhões de visualizações e plays?", questionou. "Não tenho, assim como a Liniker, a Pepita, Urias... Todas nós somos invisibilizadas todos os dias."
"E eu pergunto, para as mídias, inclusive: o que faz a gente diferente das outras pessoas? Se somos tão talentosas quanto, se temos vozes incríveis, se apresentamos de forma muito nova...", prosseguiu. "Não adianta, a real é que a gente trabalha e trabalha e sempre o nosso esforço tem que ser maior para que a gente consiga alcançar as coisas aqui."
"A gente vive sob uma sociedade que é completamente machista, LGBTQI+fóbica, transfóbica", afirmou. "É bizarro, mas eu estou aqui para dizer, neste dia, que eu continuo porque eu resisto. Por mim, pelas que passaram e pelas que virão."