Estilo

Para Naomi Campbell, 'Black Lives Matter' vai alterar indústrias de moda e beleza

Modelo diz que soube que a Condé Nast está criando a Vogue África

Naomi Campbell participa de evento da revista Time, em Nova York - Andrew Kelly-23.abr.2019/Reuters
Alexis Akwagyiram
Lagos (Nigéria)

Os protestos mundiais sobre o tratamento dado a pessoas negras vão alterar as indústrias globais de moda e beleza, criando oportunidades de emprego e produtos que atendam a uma ampla gama de consumidores, disse a modelo Naomi Campbell em entrevista à agência de notícias Reuters.

O mundo da moda é, há muito tempo, criticado por sua falta de diversidade. Algumas empresas já estão fazendo mudanças nos produtos, em um momento em que os protestos contra o racismo sistêmico, provocados pela morte de negros pela polícia nos Estados Unidos, destacam questões relacionadas à raça.

Campbell, que durante seus 34 anos de carreira foi a primeira modelo negra a aparecer nas capas das revistas Vogue e Time, disse acreditar que haverá mais oportunidades para os negros como designers, estilistas e maquiadores. "Agora, o mundo inteiro está na mesma página. As vozes estão surgindo agora...e vejo isso com otimismo de que conseguiremos nossa mudança."

A modelo também diz acreditar que as empresas provavelmente expandirão sua gama de cosméticos para combinar com mais tons de pele. "Gastamos muito dinheiro. Somos grandes consumidores", disse Campbell, referindo-se às oportunidades para as empresas.

No início deste mês, a Band-Aid, de propriedade da Johnson & Johnson, anunciou que lançará curativos para combinar com uma variedade de tons de pele. Campbell, que há dois anos disse à Reuters que a revista Vogue deveria lançar uma edição africana, também contou que "ficou sabendo que (o grupo de edições de revistas) Condé Nast está trabalhando para criar uma Vogue África".

Reuters