Babados, crochê e tecidos fluídos são tendências da SPFW; veja como usar as peças
Consultores destacam que segredo é adaptar a moda ao próprio estilo
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Roupas amplas e leves, visual monocromático, mistura de texturas e peças artesanais marcaram presença nas passarelas da 47ª edição da SPFW (São Paulo Fashion Week), realizada na última semana de abril em São Paulo
Maior evento de moda do país, a SPFW aponta as principais tendências de roupas e acessórios para as próximas estações, mas muito do que é visto nos desfiles das grandes marcas já pode ser usado agora, no dia a dia.
O neon, por exemplo, é uma aposta que segue em alta desde a última temporada, assim como os "looks" monocromáticos (em um mesmo tom). Militarismo e peças utilitárias são outros destaques de alguns dos desfiles, que apresentaram estampas camufladas e o predomínio dos tons verde-musgo e cáqui .
Para Márcio Banfi, coordenador da pós-graduação em styling e imagem de moda da Faculdade Santa Marcelina, a proposta desse tipo de roupa não é exatamente uma homenagem aos militares. “Funciona como uma resistência, pegar o peso dessa estética militar e transformar em algo mais leve."
Foi essa a proposta de João Pimenta, que fez uma coleção de camuflados manchados de sangue artificial e bordados com flores, rendas e outras minúcias de pegada mais pacifista. "Acho que é o momento de mostrar verdades, para onde estamos caminhando com o discurso de ódio. É preciso mais amor", diz o estilista.
Na vida real, as peças utilitárias, com bolsos, recortes e fivelas, já ganharam a adesão do público por serem práticas e confortáveis. “A vida hoje pede essa praticidade”, explica Banfi.
O consultor de moda Arlindo Grund, apresentador do programa Esquadrão da Moda (SBT), complementa que crochês e bordados também estão cada vez mais em alta na moda, assim como as franjas e o estilo western (também conhecido como country). “As franjas apareceram aliadas a esse trabalho manual, com mais leveza”, explica o consultor.
MODA DEMOCRÁTICA
Esqueça a imagem de roupas que só servem para mulheres altas e magras. As marcas estão cada vez mais preocupadas em mostrar que a moda deve atender aos diferentes tipos de corpos e estilos. Exemplo disso foi a coleção de bodies criada pela atriz e escritora Suzana Pires para a sua marca, a Dona de Si.
Em parceria com o estilista Amir Slama, ela apresentou na passarela da SPFW, diferentes biotipos de mulheres: gordas, magras, altas e baixas. "São peças para mulheres reais”, contou Suzana.
Para a consultora de moda Gloria Kalil, a moda atual também está menos impositiva e, desta forma, nem faz mais sentido falar em tendências. "Cada marca mostra a sua ideia de moda. Há uma variedade grande de ofertas, então, o estilo de cada pessoa está muito favorecido", diz. Para ela, o segredo para se vestir bem é se conhecer e respeitar a sua personalidade.
É o que procura seguir a designer Sarah Luiza Scheffel, 37, e a estudante Hemili Thamiris de Jesus, 17. "Eu adapto as tendências ao meu estilo de forma muito natural, elegendo aquilo que expressa a minha personalidade", diz Sarah.
Hemili complementa que não é preciso comprar em lojas caras ou em grandes marcas para se sentir bonita e estilosa. "A moda é você quem cria. Ela é militante, tem poder de fala. Moda é atitude", afirma.