Com mais de 750 mil espectadores, 'O Fantasma da Ópera' encerra temporada neste fim de semana
'É um personagem cheio de camadas', diz Thiago Arancam, protagonista da peça
Um ano e quatro meses após estrear no Teatro Renault, na Bela Vista, na região central de São Paulo, e somar mais de 750 mil espectadores em quase 500 apresentações, o espetacular musical da Broadway “O Fantasma da Ópera” encerra sua temporada no próximo domingo (15).
Eu particularmente amo a história do escritor francês Gaston Leroux, sobre um homem —uma espécie de entidade mascarada— que tem o rosto desfigurado e se apaixona por Christine, inocente jovem corista do Teatro Ópera de Paris. A obra foi publicada em 1911 e se tornou um best-seller.
O sucesso também se repete nos palcos. Desde 1986, quando estreou no Her Majesty’s Theatre, em Londres, na Inglaterra, o espetáculo já foi visto por mais de 140 milhões de pessoas no mundo, em 35 países e 160 cidades.
Uma das grandes atrações do musical é o lindíssimo lustre, feito com 75.025 cristais, que é praticamente um personagem na história, já que parece atender ao temperamento raivoso do Fantasma, ameaçando cair na plateia.
Thiago Arancam, o protagonista, explica a complexidade do Fantasma, que se esconde no calabouço do teatro por conta de uma deformidade no rosto. “É um personagem cheio de camadas. Mas ele tem vontade de buscar o amor a qualquer preço. Mesmo com tudo isso, ele espera por compaixão”, disse o ator, na estreia.
Christine (Lina Mendes) é noiva de Raoul, o Visconde de Chagny (Fred Silveira, que eventualmente interpreta o Fantasma), mas fica hipnotizada pelo charme do Fantasma, um homem misterioso que vira seu mentor musical.
Apesar de momentos de ternura, ele é capaz de atos malignos para transformar sua musa em uma estrela da ópera e ganhar seu coração. É um musical que nos transporta a uma história de amor e a um drama vivido por um homem isolado pelo preconceito.