Recheado com queijo e gratinado, tomate-caqui vira uma refeição completa
Receita é mais simples de fazer usando tomates grandes e um tanto firmes
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Toda receita começa no mercado. Ou na feira, no hortifrúti, no açougue, onde quer que você vá comprar os ingredientes.
Às vezes a gente já sai às compras com o cardápio na cabeça. Mas nem sempre o mercado colabora. Quando não se encontram os ingrediente de determinada receita, dói muito menos bolar um plano B ali mesmo, entre as gôndolas.
Foi o que aconteceu comigo nesta semana. Já havia decidido que dedicaria a coluna à entrada da primavera. Assim, faria algum prato com alcachofra: além de ser uma flor, estamos no pico da oferta.
Só que não encontrei as alcachofras que eu queria, aquelas bem pequenas. Não me dou bem com alcachofras grandes: dá um trabalho cão remover todas as fibras e os espinhos para obter uma quantia pífia de matéria comestível.
Cogitei usar alcachofrinhas em conserva. Então concluí que seria forçar demais a barra. Não faz sentido falar de um ingrediente sazonal e usar, na receita, um produto enlatado na Itália.
Desisti. Talvez faça alcachofra na próxima coluna, talvez deixe para mais tarde ainda.
Virei a cabeça e vi, dando sopa na área dos legumes, tomates-caqui gigantes e vermelhos. Eu amo tomate no macarrão, na salada, na pizza, em tudo o que é comida. Mas seria uma lástima fazer molho ou mesmo picar um tomate tão bonito.
Por que não o preparar como prato principal? Decidi assar o tomate depois de recheá-lo com queijo, cebola roxa e a própria polpa.
É algo que só dá para fazer com tomates grandes e um tanto firmes. Você consegue rechear tomates menores, mas desde que cortados ao meio no sentido longitudinal. O efeito visual fica bem prejudicado.
Para escavar o tomate-caqui, use alternadamente uma faca pontuda (peguei uma faquinha de desossa) e uma colher para recolher os pedaços de polpa.
Você perceberá que o bicho solta muita água. Para absorvê-la e fazer uma espécie de argamassa do recheio, adicionei um pouco de farinha de rosca, de pão velho triturado.
Aí é só misturar o queijo –eu tinha muçarela, mas vale qualquer tipo que derreta bem no forno– a polpa picada e a cebola. Claro que você pode trocar ou acrescentar ingredientes: azeitona, presunto, linguiça... até alcachofra em conserva.
Não se atenha demais às quantidades e ao tempo de forno. Cada forno se comporta de um jeito, e os tomates variam muito de tamanho: use o bom-senso que a natureza te deu.
Depois de gratinar, você pode comer o tomate assado com pão, se fizer questão do carboidrato. Eu mandei o tomate sozinho e fiquei bastante satisfeito. É low carb que se chama, né?
TOMATE RECHEADO COM QUEIJO E CEBOLA ROXA
Dificuldade: Fácil
Rendimento: 1 porção
Ingredientes
1 tomate caqui grande
4 colheres (sopa) de farinha de rosca
½ cebola roxa pequena fatiada fina
150 g de muçarela (ou de outro queijo que derreta bem) ralada ou picada
Orégano ou tomilho fresco a gosto
Azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto