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Maria Zilda processa Globo na Justiça e pede 'valor justo' por reprises de novelas

Atriz se queixa por receber pouco por tramas disponibilizadas no Globoplay e no canal Viva

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Maria Zilda Bethlem em Aquele Beijo (2011) - Estevam Avellar/Globo

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Aracaju

Pela primeira vez, uma ex-artista da Globo decidiu processar a emissora por causa dos valores pagos pelas reprises de tramas no canal Viva. Maria Zilda Bethlem, que fez inúmeras tramas entre os anos 1970 e 2010, entrou com uma ação na Justiça em que solicita um pagamento melhor pelas reexibições.

A coluna obteve acesso em primeira mão aos documentos do caso, que corre 28ª Vara Cível da Comarca do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Ainda não há um juiz sorteado para o caso, que foi apresentado na última terça-feira (15). A Globo também não foi intimada.

Na manifestação oficial da ação, Maria Zilda diz que foi contratada da Globo por 40 anos e que, durante o período em que ficou no ar, não havia uma legislação específica ou algo em contrato que estipulasse um valor para disponibilização em reprises de TV por assinatura ou streaming.

Por causa disso, na visão de sua defesa, os direitos conexos ficaram confusos e complexos. Outra queixa é que os valores pagos nos últimos anos não foram explicados pela emissora e são baixos até para a realidade do mercado.

Em 2020, durante uma live no Instagram com a colega Maria Padilha, Maria Zilda reclamou publicamente da Globo pelos pagamentos feitos ao canal Viva. Naquela ocasião, era reprisado o remake de "Selva de Pedra" (1986).

"Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela 'Selva de Pedra'? Faço questão de dizer: R$ 237,40. Pela lei, a gente ganha 10% de tudo o que ganhou na novela durante um ano. Então, para você ganhar R$ 237, é porque você ganhava isso por mês, então você ganhou durante um ano R$ 2 mil? Você trabalhou dez meses ganhando R$ 200? Para reprise, funciona. Quando mostra no Viva, eles alegam que não são donos. Eu não me conformo com isso", disse.

A ideia da atriz é que sua ação vire um precedente para outros atores que reclamaram dos pagamentos nos últimos anos. Nomes como Mateus Solano, Tuca Andrada, Sergio Marone, Nívea Stelmann e até Sonia Braga já se queixaram da Globo pelas quantias pagas pelos direitos conexos de reprises.

Maria Zilda não pede um valor exato na ação. Seu desejo é que a Justiça obrigue a Globo a rever os contratos e pague o que foi o justo. Ao seu ver e de sua defesa no processo, são 10% do valor estimado da obra.

Procurada pela coluna para falar sobre a ação, a defesa de Maria Zilda optou por não comentar o assunto.