Mães, trans e plus size: Conheça as mulheres plurais do Miss Universo mais diverso da história
Grupo de 85 misses disputa edição do concurso, que acontece em El Salvador
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Mães, casadas, transgêneros e plus size… Todos esses perfis de mulheres estão, pela primeira vez ao mesmo tempo, presentes entre as 85 candidatas do Miss Universo 2023. A quatro dias da sua final, que acontece na noite deste sábado (18), em El Salvador, já se pode dizer que a 72ª edição do concurso de beleza é a mais diversa da história.
E a figura que impulsionou a construção da pluralidade no grupo das misses deste ano, sem dúvida, é a sua atual dona. Isso porque a empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, que comprou o Miss Universo em outubro de 2022 pelo valor de US$ 20 milhões, é uma mulher transgênero.
Sua representatividade por si só tanto impulsiona a diversidade no concurso que, este ano, pela primeira vez, duas misses transgênero vão lutar pela coroa. Antes delas, apenas a espanhola Angela Ponce pisou no palco do mundial, em 2018 –apesar disso, a candidatura de mulheres trans já era permitida desde 2012.
Anne mal chegou e também já foi quebrando regras antigas e tradicionais do certame. Por exemplo, ela anunciou em setembro passado que, a partir de 2024, não haverá mais limites de idade para participar do concurso. A mudança de regra é histórica, uma vez que isso nunca aconteceu em mais de 70 anos de existência da competição, criada em 1952.
Já a queda da regra para mães, casadas e divorciadas caiu em agosto de 2022, um pouquinho antes da chegada de Anne. Mesmo assim, coube a ela implementar essa mudança, e este ano já há duas misses representantes desse grupo.
Entre os perfis deste ano, há ainda uma modelo plus size. Conheça algumas das mulheres "plurais" do Miss Universo 2023:
Miss Holanda - Rikkie Valerie Kollé
No início de julho, Rikkie Valerie Kollé, 22, foi eleita Miss Holanda em Leusden, a 58 km de Amsterdã. Ela é a segunda mulher transgênero da história a se classificar para o Miss Universo. No nacional, deixou para trás outras nove misses e, segundo os jurados, foi a candidata que mais evoluiu. Ela é conhecida no país por ter sido uma das finalistas do reality show "Holanda Next Top Model", em 2018.
Nascida com o nome de Lil Rik, iniciou sua transição de gênero aos 8 anos, com apoio da família. Alterou seu nome aos 11, quando se assumiu como mulher, e começou a tomar hormônios femininos aos 16 anos. Em janeiro de 2023, após aguardar por dois anos, realizou a cirurgia de mudança de sexo. O relato dessas etapas foi feito pela própria miss em suas redes sociais.
Miss Portugal - Marina Machete
A aeromoça e modelo Marina Machete, 28, foi coroada Miss Portugal no início de outubro. Ela é a primeira mulher transgênero a vencer o título do seu país e a terceira da história a disputar o Miss Universo. No mundial, ela tem a chance de lutar para colocar Portugal pela primeira vez no grupo de finalistas do concurso, ou até mesmo vencer a coroa, algo que nunca aconteceu em 71 edições.
Engajada com projetos sociais desde a adolescência, Marina é da vila portuguesa de Palmela, em Setúbal, localidade onde nasceu e cresceu e que representou no concurso nacional. Ela disputou o título com outras 15 meninas, em evento realizado em Borba, no distrito de Évora. Na competição, além de conquistar a coroa, foi apontada pelos jurados como a miss mais confiante.
Miss Nepal - Jane Dipika Garrett
Em setembro, Jane Dipika Garrett, 23, entrou para a lista de destaques do mundo miss em 2023 ao tornar-se Miss Universo Nepal. Ela chamou atenção por estar fora do padrão de magreza: é uma mulher gorda —também chamado no mundo da moda de curvy ou plus size. No nacional, Jane deixou para trás outras 21 candidatas –quase todas magras e de cinturinha fina.
Nascida em Katmandu, capital do país asiático, Jane é metade americana e residiu por algum tempo em Washington, D.C. (EUA). Estudante de enfermagem e empresária, ela defende algumas causas, entre elas a da body positivity, nome em inglês para um movimento global que incentiva as pessoas a aceitarem o próprio corpo e a terem autoestima.
Miss Guatemala - Michelle Cohn
Em agosto, Michelle Cohn, 28, foi coroada Miss Guatemala e tornou-se a primeira mãe e mulher casada classificada para o Miss Universo 2023. Ela tem duas crianças: o menino Luca, de 6 anos, e a pequena Beli, de 2 aninhos. Formada em imagem pública e meios de comunicação pela Galileo University, na Cidade da Guatemala, Michelle é uma das modelos profissionais mais requisitadas de seu país.
Ela também é apresentadora de TV e de rádio, empresária, dona de uma marca de trajes de banho e já representou a Guatemala em outros dois grandes concursos de beleza: Miss Grand International e Miss America Latina del Mundo, ambos em 2013. Se ganhar, será a primeira Miss Universo de seu país.
Miss Colômbia - Camila Avella
Aos 28 anos, Camila Avella foi eleita em setembro para o posto de Miss Colômbia. Ela é a primeira mãe a carregar a faixa do país no mundial. Casada há três anos com o empresário do setor têxtil Nassif Kamle, sua filha é a pequena Amélia, de apenas 2 anos. Natural da cidade colombiana de Yopal, em Casanare, a modelo é formada em Comunicação Social e chegou a apresentar um programa na TV local de seu país.