Na noite desta quarta-feira (12), um grupo de 27 mulheres vai lutar para ser coroada como a nova Miss Brasil Terra. Além da vaga para representar o país na edição 2022 do Miss Terra (ou Miss Earth, no original), a vencedora também leva para casa um prêmio de R$ 30 mil.

No site oficial, também foram anunciadas premiações de R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5.000, respectivamente para o segundo (Miss Ar), terceiro (Miss Água) e quarto (Miss Fogo) lugares. A melhor na etapa de traje típico leva ainda mais R$ 10 mil, totalizando investimento de R$ 75 mil só em prêmios.

A bolada, que há algum tempo não aparece em certames brasileiros, é garantida pelo novo diretor da franquia no país, o empresário paulistano Marcelo Riformato, 47. "Será minha primeira experiência como franqueado de um concurso de miss, e estamos trabalhando bastante para que tudo saia à altura", diz ele, que é dono da Riformato Construtora.

Esta é também a primeira vez que a coroação acontece em São Paulo, com palco no WTC Events Center, localizado na região da Berrini (zona sul). Segundo Riformato, "trazer para a capital paulista um concurso de tamanha importância e que trata sobre as causas ambientais é algo que proporciona uma grande honra, mas também uma enorme responsabilidade".

Compõem ainda a direção da competição a jornalista Flávia Cavalcanti, 51, dona da faixa de Miss Brasil Universo 1989, no posto de coordenadora nacional. É ela quem comanda as etapas com as misses e o lado mais artístico do evento.

Considerado um dos maiores concursos de beleza do planeta, o Miss Terra se destaca pelo seu foco em dar luz a causas de sustentabilidade e meio ambiente. Tanto que a coroa mundial representa os quatro elementos necessários para a vida no planeta: Fogo, Água, Terra e Ar. O Brasil já venceu em duas ocasiões: em 2004, com Priscilla Meirelles, e em 2009 com Larissa Ramos, ambas amazonenses.

Vale lembrar que o espetáculo da final será transmitido na quarta, a partir das 20h30, ao vivo pelo canal oficial do Youtube do Miss Earth Brasil. Ingressos podem ser adquiridos pela internet, no site Pensa no Evento.

CONCURSO COM PEGADA AMBIENTAL

As 27 candidatas estão desde o final da semana passada cumprindo uma agenda de compromissos na capital paulista. Além de fotos, almoços e ensaios, as meninas também visitaram o novo Museu do Ipiranga e fizeram um passeio ecológico pelo rio Pinheiros. Nas atividades elas estão sendo avaliadas pela equipe técnica do concurso, além do tradicional júri da final.

A vencedora viaja já em novembro para Manila, nas Filipinas, onde será a etapa mundial. Quem passa a coroa é a paraense Cassia Adriane Araújo, 22, titular de 2021. Já no mundial, a atual soberana é a belizenha Destiny Wagner, 26, que conquistou o trono em novembro passado, em concurso 100% online por conta da pandemia.

Com 22 anos de história, o Miss Terra é conhecido por ter o meio ambiente como slogan principal. Sua organização é de uma empresa filipina e, por isso, quase sempre acontece no país asiático. Normalmente suas candidatas estão ligadas a práticas de sustentabilidade e a vencedora apoia e promove causas do setor além do ecoturismo pelo mundo.

Além de Belize, já usaram a coroa principal misses dos Estados Unidos, Porto Rico, Vietnã, Equador, Venezuela, Filipinas, República Tcheca, Índia, Canadá, Chile, Honduras, Quênia, Bósnia e Herzegovina e Dinamarca.

Em 2012, uma polêmica ofuscou o brilho do evento. Um jornal russo revelou que o resultado do concurso podia ser comprado por US$ 4 milhões (cerca de R$ 9 milhões). A organização negou veementemente esse tipo de prática mas, mesmo assim, a imagem do evento não ficou imaculada.

Tanto que os grandes especialistas e sites sobre concursos de beleza não consideram o Miss Terra como um dos integrantes do chamado "grand slam", que reúne os cinco maiores concursos de beleza do planeta. Hoje estão ali o Miss Universo, Miss Mundo, Miss International, Miss Supranational e Miss Grand International.