Homero Salles mal esquentou cadeira na Band e já deixou a emissora. Contratado no início do ano, sem anúncio oficial da empresa, ele passou a ocupar a sala que foi de Antônio Zimmerlê, ex-diretor de programação, hoje na TV Cultura.

Consultado pela coluna, Salles disse que deixou projetos prontos para serem desenvolvidos, e caso algum desses venha a vingar, poderá voltar. Segundo ele, era isso que estava previsto desde o início. A Band não se pronunciou sobre o motivo da saída dele.

Desde que o desligamento de Zimmerlê, a Band atravessa um desgoverno nas decisões de conteúdo. Neste mesmo ano, também dispensou Leonor Corrêa, diretora que havia entrado na empresa para o programa de Fausto Silva, seu irmão, e desde o ano passado tinha a missão de levar novas ideias para a programação.

Sem verba para investir e projetos inéditos, a emissora acabou liberando o passe de Leonor, como faz agora com Salles.

Além de Faustão, que segue sendo um investimento primordial para sustentar a faixa nobre, espaço abastecido ao longo de duas décadas pelos cultos evangélicos de RR Soares, a Band vem investindo novamente em direitos de transmissão esportiva.

O Campeonato Carioca e a Fórmula 1 trouxeram bons números de audiência neste ano. O futebol obteve índices acima de 10 pontos no Rio de Janeiro e outras praças, e mais de 200% de crescimento em São Paulo nos horários de partidas decisivas.

Já Faustão segue perto de 2 pontos de média, patamar modestíssimo para os padrões a que estava habituado, na Globo, mas equivalente a duas vezes mais audiência do que registrava a programação religiosa.

Ainda este mês, a Band lança nova temporada do Masterchef, um de seus cartões de visita no entretenimento, com Rodrigo Oliveira substituindo interinamente o chef Henrique Fogaça, que ficará fora do júri nesta temporada.

Embora já não renda os 6 pontos de audiência das primeiras temporadas, o programa ainda traz bom faturamento para o canal. E tem seus custos divididos com o Discovery Home & Health, que replica a competição na TV paga.