Foi em meio a anúncios de hambúrguer de coração de alcatra, mortadela, consórcio e molho de tomate, que o BBB 23 marcou a pior audiência de sua história em uma final de temporada na Globo. Houve ainda lágrimas de eliminados, discursos socialmente engajados, como tem sido praxe nas últimas quatro temporadas, além de porrada, tiro e bomba nos apresentadores e no diretor do programa, a melhor sequência deste episódio final da 23ª edição.

A pior audiência, segundo dados da medição em tempo real, hoje balizadas pelos efeitos de interação das redes sociais, veio ainda acompanhada do maior prêmio, descontados os efeitos da inflação, pago à vencedora, Amanda, superando R$ 2,8 milhões.

No total de episódios, do início ao fim, pela primeira vez o reality show ficou abaixo da média de 20 pontos, como já havia apontado um levantamento feito pelo site Notícias da TV.

O episódio final, que sagrou Amanda campeã desta 23ª edição, Aline Wirley em 2º e Bruna Griphao em 3º, bateu em 21,7 pontos de pico na Grande São Paulo, região de maior relevância do país por concentrar a maior plateia de consumidores do Brasil, segundo dados mensurados em tempo real pela Kantar Ibope Media.

O ápice ocorreu às 22h30, quando o segundo lugar marcava 7,5 pontos, patamar registrado pelo conjunto de canais pagos, e a terceira colocação ficava com a Record, com 4,8, que exibia uma reprise da novela "Jesus".

Cada ponto equivale a 206,67 mil espectadores na região neste ano. Os dados foram antecipados pelo site TV Pop no Twitter.

Desde a eliminação de Domitila, na semana anterior, frustrando boa parte da plateia da temporada, a vitória de Amanda parecia certa, como pareceu a vitória de Juliette na edição retrasada, e de Arthur Aguiar no BBB 22, confirmando um movimento de torcidas manobrado por meio de redes sociais, o que tem arrefecido o senso de justiça sobre o vencedor do programa.