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Assessor de Lula diz que foi sua a iniciativa de vetar jornalistas em coquetel do Itamaraty

José Chrispiniano afirma que proposta não passou pelo crivo de Janja: 'É minha área'

O deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) durante recepção para convidados no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no dia da posse Lula - Mônica Bergamo/Folhapress

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São Paulo

Assessor de imprensa do presidente Lula, José Chrispiniano confirma que houve um veto inicial à presença de jornalistas no tradicional coquetel oferecido pelo Itamaraty na posse presidencial, dia 1º, mas nega que a proposta tenha sido iniciativa de Janja Silva, como publicou esta coluna na terça-feira (3).

Procurado antes da publicação do texto que atribuiu a ideia à primeira-dama, Chrispiniano só retornou à coluna no dia seguinte, nesta quarta, 4, desculpando-se pela demora e assumindo a proposta como sua.

Segundo jornalistas ouvidos pela coluna, Janja teria argumentado que os convidados poderiam não se sentir à vontade e ficar constrangidos diante de profissionais de mídia lá presentes. Mas teria sido informada pela equipe de comunicação que jornalistas tradicionalmente comparecem a essa ocasião e que fechar-lhes as portas naquele momento seria pior, pois causaria péssima repercussão já na largada da nova gestão.

"Eu sou assessor do Lula há onze anos, essa tarefa cabe a mim, é minha área, fui em quem propôs que não houvesse jornalistas no coquetel, justamente para não haver esse tipo de fofoca. Eram jornalistas convidados, e não credenciados, e eu achei que ou deveríamos credenciar todos os veículos, ou não ter nenhum convidado, porque essa lista acaba obedecendo a critérios subjetivos", alegou Chrispiniano.

O coquetel de posse presidencial no Itamaraty sempre teve convites distribuídos a profissionais de imprensa dentro de um critério nem tão subjetivo. Em geral, são colunistas de política, donos de veículos de mídia, seus diretores e correspondentes em Brasília, um grupo modesto entre os 3 mil convidados que circulam no evento.

Havia cerca de 30 jornalistas confirmados para o coquetel e segundo Chrispiniano, todos acabaram entrando. "Lamento pelos que não foram convidados", disse.

Chrispiniano acrescenta que dizer que a sugestão do veto partiu de Janja alimenta a criação de "uma personagem" em relação à primeira-dama.