Bial reúne as melhores entrevistas na milésima edição do Conversa
Falta Pelé: apresentador destaca ausência sentida entre os 3 mil nomes que já passaram por lá
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Nesta terça (26), o Conversa com Bial leva ao ar sua milésima edição, efeméride que justifica uma seleção de algumas das entrevistas mais emblemáticas desses cinco anos de programa, com comentários do apresentador. A lista de revivals inclui Yuval Harari, Barack Obama, José Mujica, Maria Bethânia, Mateus Aleluia, Rita Lee e Paulo Coelho, entre outros.
Além do parabéns do dia, as comemorações vão se estender a três segundas-feiras, a partir do dia 1º, com a proposta de recontar a história do programa e do bom núcleo de documentários que se criou a partir da equipe do Conversa.
Mais 3 mil entrevistados conversaram com Bial nesse espaço de fim de noite antes consagrado por Jô Soares, mas entre os que ainda faltam passar por ali, o apresentador destaca um: Pelé.
Na lista dessas mil edições, constam nomes como Elza Soares, Marília Mendonça, Anitta, Ludmilla, Bon Jovi, Lulu Santos, Lea Garcia, Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Woody Allen, Ricardo Darín, Paulo Gustavo, William Bonner, Xuxa, Gisele Bündchen e Tom Brady, além do próprio Jô Soares.
"Havia um desejo da emissora de que abríssemos um espaço de debates e diálogos, que coincidia com o meu desejo e com o desejo da equipe", diz Bial em texto enviado à coluna pela assessoria de imprensa da Globo.
"Havia o nosso desejo de incrementar o debate público, levar um pouco mais de qualidade, enriquecer a conversa e acho que tudo isso foi cumprido. De tudo o que aconteceu no mundo, houve uma reflexão no programa sem que nos enredássemos em bobagens e rancores. Tudo pensando sempre num caminho de construção e de encontro de diferenças, em nome de uma ideia maior de convivência e construção do Brasil."
O jornalista traça também vantagens e desvantagens entre a versão ao vivo, como o programa nasceu, e as conversas remotas, impostas pela pandemia, o que hoje permite um sistema híbrido para a realização das entrevistas desejadas.
"Presencial é insubstituível, é o encontro entre gente que você pode tocar. Mas o remoto também tem instâncias insubstituíveis porque nos permite, com grande agilidade, falar com gente de qualquer lugar do mundo, qualquer hora. Então, ampliou sim o nosso campo de ação, abriu asas virtuais – que acho que não vamos abandonar – mas, a nossa base vai ser sempre a presença humana não mediada. Quando mediada, muitas vezes ela até ganha intensidade emocional, mas a nossa base é o presente de olho no futuro."
Sobre a produção de documentários que se abriu a partir da relevante denúncia sobre João de Deus, o médium acusado de abuso sexual em 2018, Bial destaca que o trabalho "foi uma história extraordinária que a gente vai contar para sempre, com todo orgulho".
"A gente percebeu, quando fomos atrás da história, que tínhamos algo ali de muita importância para a sociedade brasileira e para cada um de nós. Então, eu sentia a necessidade de ser cuidadoso, de não fazer pré-julgamentos, de buscar ouvir e acolher desabafos, suspeitas, denúncias, depoimentos. Sem ter uma posição a priori, acho que é assim que se dão as melhores investigações. Você não parte de uma conclusão, você parte de uma ausência de malícia até para que as coisas ocupem esse espaço em branco que você oferece."
E promete mais produções de documentários por parte do núcleo do Conversa em curto prazo. "Acho extraordinário que nós tenhamos a garra de, fazendo um programa diário que dá um baita trabalho, ainda assim conseguir produzir especiais com a qualidade e a relevância que nós temos conseguido fazer."
"É uma troca constante que só faz todo mundo evoluir, a começar por mim", completa.