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Walcyr Carrasco, Pedro Bandeira e Ruth Rocha narram sua relação de amor à escrita

'4 Vidas Entre Linhas e Laços' traz ainda relato de Eva Furnari

O escritor Walcyr Carrasco participa de bate papo na Bienal Internacional do Livro de São Paulo - Iwi Onodera/UOL

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Gigantes da literatura nacional, os escritores Pedro Bandeira, Ruth Rocha, Walcyr Carrasco e Eva Furnari narram a relação de amor que têm pelos livros –e que determinou a trajetória de todos– no recém-lançado "4 Vidas Entre Linhas e Laços" (R$ 53, 104 págs., Moderna).

Se para os quatro escritores o encanto com o mundo das letras começou na infância, a maneira como a relação com as palavras se estabeleceu foi única na vida de cada um, como apresenta no livro o texto da pesquisadora e professora Marisa Lajolo.

"Para além da forte presença de Monteiro Lobato [1882-1948] na formação de leitores e escritores, é recorrente e muito significativo o papel da família e da escola. Se histórias individuais permitem generalizações, aqui se aprende que não é apenas com livros que se formam leitores. É também com livros, mas não só com eles."

A história de cada um dos autores é contada em um capítulo distinto. Premiada desenhista e ilustradora de livros infantis, Eva Furnari, 70, conta com a ajuda de suas ilustrações para amarrar o processo de criação de seus personagens. "Desconfio, aliás, que todo artista tem um quê de obsessivo e que nosso combustível, aquilo que nos dá energia para trabalhar tão intensamente, é a paixão", diz, em trecho.

Autor de clássicos como "Droga da Obediência", Pedro Bandeira, 76, foi outro que começou a se apaixonar pela literatura com Monteiro Lobato. "Influenciado por esses mestres, inventava até as próprias historinhas de suspense, acreditando-se um escritor. Veja só que molecagem!"

A mesma inspiração em Lobato norteou a vida da escritora Ruth Rocha, 87, da obra-prima infantojuvenil "Marcelo, Marmelo, Martelo", e do também novelista Walcyr Carrasco, 67, de "Irmão Negro".

Se para Ruth escrever é "fatalidade e vontade, alegria e dificuldade", para Carrasco, "ler é compartilhar sentimentos, experiências, a imaginação e os lados luminosos, mas também obscuros do autor. Entregar-se a um livro é estar presente em outras vidas".