Saiba como fazer da tecnologia uma aliada a favor da renda universal
Tecnologia traz benefícios, mas é responsável por acabar com postos de trabalho
No mês passado, escrevi uma série de colunas com dicas sobre como usar a internet para divulgar serviços profissionais e encontrar trabalho.
A grande rede mundial, de fato, pode ser uma grande aliada para empreendedores, autônomos e até para quem procura um velho e bom emprego. O problema, nesse último caso, é que na vida real existem cada vez menos empregos formais —e justamente por causa das inovações tecnológicas das últimas décadas.
O mundo está mudando rapidamente: inteligência artificial, drones, carros autônomos, comércio eletrônico, economia do compartilhamento (Uber, Airbnb etc.), uso de robôs e autoatendimento em diversos segmentos. Com essa nova realidade, diminuem as vagas no campo, na indústria, no setor de serviços.
Por outro lado, há o surgimento de postos extremamente qualificados e bem remunerados, mas para poucos. O que fazer, então, com a massa de trabalhadores que está sendo trocada por processos automatizados em escala cada vez maior?
Uma possível solução tem sido bastante discutida nos últimos anos, com apoiadores entre a esquerda, a direita liberal e até bilionários do Vale do Silício (EUA): a implementação de uma renda básica universal.
Uma das possíveis fontes de financiamento seria a tributação dos robôs: para cada vaga extinta pela automação, haveria uma taxa paga pelas empresas. Outra ideia seria a remuneração pelo tempo que as pessoas passam interagindo nas redes sociais, fazendo compras online, assistindo a filmes, dirigindo com apps de trânsito etc.
A lógica por trás disso seria que, ao utilizarmos todos esses serviços digitais, estamos automaticamente gerando valor para as empresas gigantes de tecnologia, ou seja, uma forma de trabalho. Portanto, nada mais justo do que essas empresas nos devolverem parte do lucro que recebem com os nossos dados. E você, o que acha?