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Veterana como rainha de bateria da Sociedade Rosas de Ouro, a atriz Ellen Rocche, 39 anos, já pensou em se aposentar das passarelas do samba. "Mas o amor é mais forte. Quando vou ao ensaio da Rosas, que adoro, essa ideia logo vai embora."
A musa, que desfila na agremiação da Freguesia do Ó (zona norte de São Paulo) há 19 anos, sendo 12 desses à frente da bateria, afirma que vai ousar este ano. "Sempre venho muito recatada. Desta vez vou ser um pouquinho mais ousada."
A fantasia da rainha, de acordo com Ellen Rocche, terá a ver com a águia do brasão dos armênios. "Significa força e garra. A Roseira vai trazer a luta e batalha do povo armênio, a garra deles. Há muitos aqui em São Paulo". A escola vai homenagear o povo da Armênia, com o enredo "Viva Hayastan!".
Ela afirma que nos ensaios conheceu e reencontrou muita gente que ela nem sabia que era armênio ou tinha parentesco. "Foi uma troca cultural maravilhosa."
A beldade, que só desfila em São Paulo neste ano, fala do Carnaval da cidade onde nasceu. "É a maior festa popular do mundo, e se supera a cada ano." E sobre a escola, ela declama amor profundo. "O barracão da Rosas está incrível, mas sou suspeita para falar, né? Minha esperança no coração é que vamos levar o título. Mas se ganhar, ou se perder, sou sempre Rosas de Ouro."
Ellen Rocche explica que como foi chamada para fazer uma participação especial em “Malhação” (Globo), não teve muito tempo para se preparar para desfilar em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Só em São Paulo mesmo, onde não deixo de desfilar. Estou mais tranquila”, explica.
Como paixão começou
O amor de Ellen Rocche pela Rosas de Ouro começou quando ela ainda era uma menina. “Adorava Carnaval desde pequena. E a minha torcida, e da minha família também, sempre foi pela Rosas. Ficava acordada de madrugada só para ver a Roseira entrar na passarela.”
A atriz, que nessa época morava com os pais na Aclimação (região central de SP), conta que finalmente conheceu o barracão da escola quando ela tinha entre 19 e 20 anos, após um trabalho voluntário para crianças órfãs que ela e uns amigos foram realizar na Brasilândia, bairro da zona norte onde nasceu a Rosas de Ouro.
“O pai da [presidente] Angelina, o Eduardo Basílio, me viu e quando falei que gostava da escola, ele me convidou para conhecer o barracão”, afirma Ellen.
“Quando cheguei lá, relembrei toda minha infância, quando via tudo aquilo que amava apenas na televisão. vi as costureiras, carros alegóricos, os isopores, e outros adereços. Fiquei encantada. O amor é muito grande”, afirma Ellen.
Foi então que ela recebeu o convite para desfilar pela primeira vez e nunca mais parou.