O príncipe britânico Harry está buscando uma indenização de cerca de 440.000 libras (cerca de US$ 560.000) do Mirror Group Newspapers (MGN), segundo documentos judiciais divulgados nesta sexta-feira (30), revelados quando o julgamento do processo por escuta telefônica se aproxima do fim.

O príncipe e outras 100 pessoas estão processando o MGN, editora de Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People, na Alta Corte de Londres, por alegações de grampeamento de telefone e coleta ilegal de informações entre 1991 e 2011. Eles afirmam que editores sêniores e executivos do MGN sabiam e aprovavam o delito. O MGN, de propriedade da Reach, diz que não há provas para as acusações.

Harry diz que foi alvo do MGN por 15 anos a partir de 1996 e que mais de 140 matérias que apareceram em seus jornais foram resultado da coleta ilegal de informações, embora o julgamento -que termina na sexta-feira- esteja considerando apenas 33 delas.

O príncipe está buscando até 320.000 libras em indenizações por danos em relação às 33 matérias no caso de o tribunal decidir a favor de Harry em todas elas, de acordo com documentos judiciais que foram divulgados na sexta-feira.

Outro documento liberado pelos advogados dos requerentes mostra que o príncipe está buscando mais 120.000 libras por 61 episódios de supostas coletas ilegais de informações que teriam sido realizadas contra Harry e outros, incluindo sua mãe, a falecida princesa Diana.

O tribunal também pode considerar se Harry tem direito ao que é conhecido como danos agravados, que podem ser concedidos para compensar o requerente por sofrimento adicional causado pelas ações do réu.

O MGN argumenta que nenhuma das 33 matérias foi resultado da coleta ilegal de informações e que não há evidências de que o telefone de Harry foi grampeado. Algumas das informações pessoais sobre ele vieram de, ou com o consentimento de, assessores de alto escalão do Palácio de Buckingham. A editora argumenta que Harry não deve receber mais do que 37.000 libras, mesmo que ganhe em todas as 33 matérias, de acordo com os documentos divulgados na sexta-feira.