Celebridades

Pai de uma mulher trans, José de Abreu pede R$ 500 mil de Cássia Kis por homofobia

Com três ações coletivas na Justiça, ator diz que colega ultrapassou o limite do razoável; 'Espero que respondendo criminalmente ela pare'

José de Abreu e Cássia Kis trabalharam juntos em quatro novelas - Reprodução/Montagem

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Rio de Janeiro

José de Abreu nunca foi amigo de Cássia Kis, mas diz que sempre teve respeito pelo trabalho da atriz e pela mulher que já falou abertamente sobre aborto e foi uma das primeiras a colocar os seios de fora para incentivar o exame de prevenção contra o câncer de mama, no final da década de 1990.

Respeitá-la, no entanto, não o impede de tomar uma atitude contra os discursos homofóbicos que a colega de profissão da Globo tem feito recentemente. Abreu é pai de uma mulher trans de 21 anos e entrou com ação contra a atriz no dia 8 de novembro, junto com a psicóloga Paula Dalaio Frison e mais três entidades ligadas ao movimento LGBTQIA+.

O grupo pede uma indenização de R$ 500 mil pelo crime de LGBTfobia, valor que será revertido para entidades de defesa contra a discriminação de gênero. "Ela passou do limite e uma das maneiras de acordar as pessoas que cometem crimes é com que respondam por seus atos", diz o ator ao F5.

"Enquanto tudo isso for só delírio e não ameaçar de fato qualquer pessoa, ok. Mas o meu medo é que esse discurso acabe se tornando um perigo real", diz o ator. Ele lembrou que, além de de crime de homofobia, Cássia vêm atentando contra a democracia. "Participar de atos antidemocráticos é considerado pelo Supremo Tribunal como crime e ela está em estado de flagrante delito".

Intérprete do personagem coronel Tertúlio da novela "Mar do Sertão" (Globo), ele lembra a boa relação que manteve com Cássia nas quatro ocasiões que trabalharam juntos ["Porto dos Milagres", "O Rebu", "A Regra do Jogo" e "Os Dias Eram Assim"].

"Ela sempre foi uma colega de falar o que pensava. Não tinha muito filtro, mas era tranquilo, sabe? O que surpreende é que esses discursos de agora vêm de uma pessoa que trabalha em um meio em que a proporção de pessoas da população LGBTQIA+ é imensa. Ela vive em um meio diverso", analisa.

Para Abreu, a colega de profissão "não está bem" e precisa de apoio. "Não conheço ninguém da família, mas alguém tinha que ajudá-la. É triste vê-la nesse momento, me sinto triste por toda a situação".