#HairForFreedom: Atrizes francesas cortam cabelo em apoio a protestos no Irã
Juliette Binoche, Isabelle Huppert e Marion Cotillard estão entre as que aderiram a campanha
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Algumas atrizes francesas aparecem em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (5) em apoio aos protestos que vêm acontecendo no Irã. Nas imagens, estrelas como Juliette Binoche, Marion Cotillard e Isabelle Huppert aparecem cortando uma mecha do próprio cabelo.
A #HairForFreedom (cabelo pela liberdade, em tradução livre) faz referência a Mahsa Amini, que morreu aos 22 anos enquanto estava detida pela polícia moral iraniana. Ela era acusada de usar o véu de forma inadequada, deixando fios de cabelo à mostra, o que é proibido por lá desde a Revolução de 1979, que abriu espaço para o regime teocrático dos aiatolás.
O ato de cortar mechas dos próprios cabelos tem se repetido em diversos protestos contra a morte da jovem, que vêm se espalhando pelo Irã e por outros países do mundo. No país mulçumano, ativistas de direitos humanos vêm instando mulheres a retirarem o véu publicamente em protesto contra o código de vestimenta.
No vídeo da campanha, também aparecem no vídeo, entre outras, Berenice Bejo, Charlotte Gainsbourg, Isabelle Adjani, Jane Birkin e Mélanie Laurent, entre muitas outras. As atrizes estão divulgando a hashtag em suas redes sociais.
"Para as corajosas mulheres e homens do Irã que estão mudando o mundo neste exato momento, lutando pela liberdade", escreveu Marion Cotillard na legenda do vídeo. "Estamos ao seu lado. #HairForFreedom"
Vencedora do Oscar por "Piaf - Um Hino ao Amor" (2007), ela ainda publicou uma explanação sobre o tema que vem sendo usada nas publicações sobre a campanha. "Mahsa Amini era uma jovem de 22 anos", diz o texto. "Em 13 de setembro, ela foi presa e maltratada pela polícia até a morte. Ela só foi acusada de usar o véu de forma inadequada. Ela morreu por deixar alguns fios de cabelo aparecerem. Sua morte indignou e comoveu o Irã e o mundo."
"Desde a morte de Mahsa Amini, que ocorreu em 16 de setembro, o povo iraniano, com as mulheres na liderança, vem protestando contra o risco de suas vidas", continua. "Essas pessoas só esperam ter acesso às liberdades mais essenciais. Essas mulheres e esses homens estão pedindo nosso apoio. Sua coragem e sua dignidade nos compelem."
"É impossível não denunciar repetidas vezes esta terrível repressão", afirma. "Já existem dezenas de homens e mulheres mortos, incluindo crianças. As prisões só aumentam o número de prisioneiros já detidos ilegalmente e muitas vezes torturados. Decidimos, portanto, responder ao chamado que nos foi feito cortando também algumas das nossas mechas."
"Porque a luta deles é nossa", finaliza. "Aquele que devemos liderar por um mundo mais justo e livre."