Dilma Rousseff conta a Mano Brown sobre o dia em que rasgou dinheiro
Ex-presidente lembrou histórias da infância no podcast Mano a Mano
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
As lembranças da infância fizeram parte da entrevista de Dilma Rousseff (PT) no Mano a Mano na madrugada desta quinta-feira (28). No podcast, que está na segunda temporada no Spotify, a ex-presidente falou sobre o pai, a mãe, religiosidade e o início de sua trajetória política.
Em uma conversa em que chamou Mano Brown de querido, queridinho, meu filho e meu amor, a ex-presidente contou que, na infância, tentou dividir uma nota de dinheiro com um menino pobre que apareceu no portão de sua casa, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte.
O menino pediu comida, os dois conversaram e Dilma decidiu rasgar a nota para dividir e cada um ficar com uma metade. "O meu pai riu e achou lindo. Minha mãe dizia: essa menina é boba".
"Eu tinha um sentimento forte pelas pessoas pobres", revelou.
Nascido na Bulgária, Pedro Rousseff, o pai da petista, fugiu do país para escapar do fascismo e passou pela França e Argentina antes de chegar ao Brasil, onde casou com a mineira Dilma Jane. O casal teve três filhos.
A ex-presidente contou que cresceu em um bairro de classe média que tinha casas com varandas, árvores nas ruas e escola pública de qualidade. "A gente achava que colégio privado era PPP (papai paga e passa)", contou.
A entrevista teve temas como impeachment, racismo, misoginia e a necessidade de investir na educação e adotar políticas compensatórias no país.
Dilma afirmou que não tem a pretensão de disputar eleições.
"Não quero compromisso eleitoral porque quero falar as coisas que acredito", disse. Apesar disso, afirmou que tem disposição de participar da vida pública de outras maneiras. "A bola corre, eu participo, posso ajudar de várias formas".
Ela retrucou quando Mano Brown afirmou que ainda é nova. "Não tô nova não. Uma pessoa de 74 anos é tudo, menos nova. Estou naquela fase em que a descida é descida mesmo, viu meu filho. Não me engano não", respondeu.
No final da entrevista, revelou o principal medo que sente hoje em dia: que algo grave aconteça com seus dois netos. "Não vamos nem falar", reagiu Brown.
Durante a primeira temporada do Mano a Mano, o cantor e compositor de rap conversou com políticos como o vereador da cidade de São Paulo Fernando Holiday e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que protagonizou o episódio mais escutado do Spotify no Brasil em 2021.