Celebridades

Belo tem arrecadações de shows bloqueadas por dívida com ex-jogador Denilson

Belo esclarece que valor se refere aos juros de uma dívida já quitada

Denilson cobra dívida de Belo na Justiça - Greg Salibian/Instagram

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São Paulo

A Justiça de São Paulo bloqueou as arrecadações de dois shows feitos pelo o cantor Belo, 47, no Dia dos Namorados, por causa de uma dívida de mais de R$ 5 milhões que ele tem com o ex-jogador e comentarista da Band Denilson de Oliveira Araújo, 43.

De acordo com documento processual do Tribunal de Justiça de São Paulo, datado do dia 17 de junho, “cabe o cumprimento da determinação judicial no sentido de promover a transferência dos valores obtidos com a venda dos ingressos referentes a apresentação Belo in Concert no prazo improrrogável de cinco dias”.

Os dois se estranham desde o começo dos anos 2000 quando Denilson comprou os direitos da banda Soweto e Belo, o então vocalista, pediu para sair da banda, sendo processado pelo ex-futebolista por danos morais.

De lá para cá, Denilson tenta por diversas vezes receber o dinheiro. Em dezembro de 2019, ele entrou na Justiça de São Paulo para que a renda do cantor em plataformas musicais fosse bloqueada. A causa está ganha e não cabem mais recursos.

“O caso do Soweto, que é lá no passado, já é uma causa ganha, só estou esperando ele me pagar. A Justiça já me deu causa ganha, agora está nas mãos dele, em poder me pagar ou não”, disse o ex-jogador em entrevista ao programa TV Fama naquele ano.

Procurado, Belo esclareceu por meio de sua assessoria de imprensa que o bloqueio dos valores se refere somente aos juros de uma dívida já quitada. Diz ainda que sua defesa, representada pelo advogado Marcelo Passos, está confiante de que irá reverter a decisão.

"Também é importante destacar que a decisão envolve somente a apresentação realizada por meio da turnê Belo In Concert no dia 12 de junho, ao contrário do que se afirma em notícias que incluem também o show da véspera, 11 de junho", diz o texo. "Não é o caso."

"Os espetáculos ocorreram no Espaço Hall, zona oeste do Rio, e, além de servirem de alento aos fãs do artista em meio aos dias atuais, ampararam financeiramente dezenas de profissionais envolvidos na produção e desalentados pela pandemia", prossegue.

A defesa de Belo diz que já comprovou em juízo que o montante não é somente do cantor e afirma que, por isso, não deveria ter sido bloqueado dessa maneira. "O lucro líquido recolhido pela bilheteria não é correspondente ao lucro do artista, como não seria em nenhum evento desse porte."

"Em relação ao ex-jogador Denilson de Oliveira, Belo opta por parafrasear as entrevistas do próprio à imprensa nesta quinta-feira: 'A decisão da Justiça já tem há anos. Um assunto que não mudou dos últimos anos. (...) Não tenho mais nada pra falar desse assunto'."

"Nessas mesmas declarações, Oliveira diz que Belo está 'vivendo a vida normal' enquanto a ação judicial tramita", continua a assessoria. "No entanto, quem acompanha o músico nas redes sociais sabe que ele, na verdade, tem um padrão de vida caseiro e familiar."

"Isso porque ao longo de trinta anos de carreira, Belo sempre foi e continuará sendo um sujeito semelhante a todos os brasileiros que, em meio a dificuldades, correm o risco de encontrar obstáculos e precisar resolver pendências pelo caminho", diz. "E Belo, assim como todos os brasileiros, tem direito a uma 'vida normal' enquanto as soluciona, sem ser diminuído por isso."

PRISÃO

Em fevereiro, Belo foi preso pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação É o que eu Mereço, que recebeu esse nome em alusão a uma canção do pagodeiro. Ele era investigado pela realização de um show em uma escola pública estadual no Complexo da Maré, zona norte do Rio, durante a pandemia.

A apresentação se estendeu até a manhã do dia seguinte, dentro do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Professor César Pernetta, e não teve autorização da Secretaria de Estado de Educação. Os responsáveis foram acusados de promover aglomeração e pela invasão.

Belo passou uma noite preso e foi solto por volta das 11h30 do dia 18 de fevereiro . A saída gerou tumulto com acúmulo de gente em frente à delegacia.

Belo já se viu envolvido em outras polêmicas. Ele também foi acusado de estelionato em 2013. Segundo informações do jornal Extra, o cantor teria pedido um empréstimo de R$ 50 mil a uma vítima nesta época, com a intenção de quitar uma dívida, e deveria devolver o valor dentro do prazo de dois meses.

O jornal dizia que constava no boletim de ocorrência da vítima que ela tentou contato via celular por anos com o cantor, sem nunca receber o pagamento. Sem êxito, ela recorreu à queixa.