Cantora Phoebe Bridgers diz que Marilyn Manson tinha 'quartinho do estupro'
'A gravadora sabia, os empresários sabiam, a banda sabia', afirmou ela
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O cantor Marilyn Manson, 52, continua sendo alvo de acusações de abuso sexual. Nesta quinta-feira (4), foi a cantora Phoebe Bridgers, 26, quem resolveu botar a boca no trombone.
"Eu fui para a casa de Marilyn Manson quando era adolescente com alguns amigos", contou nas redes sociais. "Eu era um grande fã. Ele se referiu a uma sala em sua casa como 'quartinho do estupro'. Pensei que era apenas seu senso de humor horrível de garoto de fraternidade. Parei de ser fã."
A cantora disse que estava do lado de todos os que denunciaram o ex-ídolo. Ela ainda acusou as pessoas que cuidavam da carreira dele de fazerem vistas grossas para os abusos ao longo dos anos. "A gravadora sabia, os empresários sabiam, a banda sabia", afirmou. "Distanciar-se agora, fingir estar chocado e horrorizado é patético pra caralho."
No dia 1º de fevereiro, a atriz Evan Rachel Wood, 33, acusou o ex-noivo de abuso e violência doméstica. "O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson", escreveu nas redes sociais. "Ele começou a me assediar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos."
Wood e Manson começaram a namorar em 2006, quando ela tinha 19 anos, e ele, 36. Os dois tiveram um namoro ioiô por quatro anos. Em janeiro de 2010, Manson pediu a mão dela em casamento no palco de um show em Paris. No mesmo ano, o relacionamento terminou.
“Eu passei por uma lavagem cerebral, fui manipulada para ser submissa", afirmou a estrela de "Westworld". "Estou cansada de viver com medo de retaliação, difamação ou chantagem. Estou aqui para expor esse homem perigoso e avisar a todas as indústrias que o apoiam, antes que ele destrua mais vidas. Estou ao lado das muitas vítimas que não vão mais ficar em silêncio.”
No mesmo dia, acusações semelhantes de outras mulheres começaram a surgir na imprensa. Em seguida, a gravadora Loma Vista Recordings afirmou que não iria mais divulgar o álbum mais recente de Marilyn Manson e que estava rompendo relações com ele.
"À luz das alegações perturbadoras de Evan Rachel Wood e outras mulheres nomeando Marilyn Manson como seu abusador, Loma Vista deixará de promover seu álbum atual, com efeito imediato", dizia o comunicado enviado ao site da Hollywood Reporter. "Devido a esses desenvolvimentos preocupantes, também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em qualquer projeto futuro."
O cantor e compositor negou ter abusado de Wood ou de qualquer outra mulher. "Obviamente minha arte e minha vida sempre foram ímãs para polêmica, mas essas afirmações recentes sobre mim são horríveis distorções da realidade", escreveu nas redes sociais.
"Meus relacionamentos íntimos sempre foram totalmente consensuais com companheiras que pensam como eu", afirmou. "Independentemente de como, e por quê, outras estão optando hoje por manipular o passado, esta é a verdade."
No dia 3 de fevereiro, policiais foram a casa do artista após um amigo fazer contato dizendo que não estava conseguindo falar com Manson por horas. Segundo informações do site TMZ, até um helicóptero foi usado na ação, para iluminar a propriedade. No entanto, as autoridades deixaram o local após o cantor não responder a nenhum dos chamados.
À noite, os policiais voltaram à mansão e forçaram a entrada. Segundo o tabloide The Sun, os investigadores conseguiram contatar um representante do artista, que disse que ele simplesmente não queria sair da casa. Os policiais deixaram o local pouco tempo depois.