Dr. Rey se oferece para cargo de ministro da Saúde após saída de Nelson Teich
'Sou cidadão, tenho direito', afirma cirurgião plástico
Na cadeira de um avião, usando jaleco e com o estetoscópio no pescoço. Foi assim que Robert Rey, 58 —cirurgião plástico famoso por participar do reality show Dr. Hollywood, no qual mostrava o resultado de procedimentos estéticos realizados por ele —se ofereceu para ser ministro da Saúde no Brasil, substituindo Nelson Teich, 62, que deixou o cargo nesta sexta-feira (15), menos de um mês após assumir o posto.
"É muito humilhante pedir, mas eu peço. Presidente Bolsonaro, me considere como ministro da Saúde. Sou formado em Ciências Políticas, Ciências Públicas em Saúde em Harvard e fiz Cirurgia em Cosmética e Cirurgia em Trauma também em Harvard. Eu apoio o seu plano 100% porque ele é o mesmo dos Estados Unidos", disse Rey em vídeo publicado no Instagram no mesmo dia em que Teich se demitiu.
Para o cirugião é "vergonhoso que, em vez de lutar contra a pior epidemia da história do nosso país, exista uma guerra de ideologias". Ele disse apoiar o uso de hidroxicloroquina, medicamento cuja eficácia no tratamento contra a Covid-19 ainda não foi confirmada, podendo ser utilizada no Brasil somente sob orientação médica.
"Vou trazer ideias novas. Vamos proteger a economia, porque com ela destruída o Brasil fica pior que o Terceiro Mundo. Aqui quem fala é o Dr. Rey e peço que eu seja cogitado para ministro da Saúde. Eu trago ideias novas, como por exemplo, o uso dos anticorpos que Israel está produzindo, como injeção'', diz na mesma postagem, que também contraria a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), que indica isolamento social para evitar que a pandemia se espalhe.
"Houve 26 epidemias desde que virei médico: HIV, zica, hepatite, SARS (sigla em ingês para Síndrome Respiratória Aguda Grave), dengue... houveram mortes tristes, mas não foi o fim do mundo. Se nós fecharmos a economia para sempre, dez anos, um ano, seis meses, o Brasil entrará em uma depressão", pontuou Rey, comparando o cenário atual com a Crise de 1929.
Ele finalizou o vídeo reafirmando o alinhamento com Jair Bolsonaro, 65, (sem partido) em relação à pandemia, mostrando preocupação com a situação do Brasil, agradecendo ao povo e reafirmando o desejo de ficar à frente da Saúde. "Sou cidadão, também tenho direito de pedir para ser considerado para ministro da Saúde".