Artistas defendem Paulo Betti depois de acusação de racismo: 'Não caia em fake news'
Ator foi processado por Milton Gonçalves depois de conversas no WhatsApp
Depois Paulo Betti, 66, ser acusado de racismo em um processo movido por Milton Gonçalves, 85, diversos artistas e colegas do ator saíram em sua defesa nas redes sociais.
Muitos deles, como a atriz Julia Lemmertz, 56, são da chapa Renovação e Transparência, criada pelo ator para concorrer presidência do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro.
A atriz publicou uma carta aberta em seu Instagram dizendo para que todos os seus seguidores e os de Paulo não caiam em fake news e que as mensagens que circularam do ator não são sobre racismo. "Todo o apoio ao grande artista Paulo Betti. Não caia em fake news. Nunca foi sobre racismo".
Até artistas que não são da chapa de Betti se pronunciaram. Maria Ribeiro, 43, ex-mulher do ator postou uma foto de um documento sindical do ex-marido e afirmou que ele é um sindicalista por natureza, que defende todas as causas por um Brasil melhor.
"Ao acusar, ao meu ver, levianamente, um sujeito integro como Paulo, esses senhores não só não estão lutando por um Brasil melhor, como estão, na melhor das hipóteses, confusos sobre seus reais inimigos. Paulo, na camisa do meu time ta escrito o teu nome, e eu a exibo com amor e orgulho há 22 anos. Sigamos com força e coragem".
Segundo os autos do processo aos quais a Folha teve acesso, Betti faz parte de uma chapa criada com intuito de concorrer contra Gonçalves e Coutinho no próximo pleito do SATED-RJ.
Todos os envolvidos estão no grupo de WhatsApp “Profissão Artistas”. Em abril, Betti publicou a seguinte mensagem: "a atual diretoria do sindicato está lá há muito tempo e tem uma forte representação negra com Jorge Coutinho e o grande Milton Gonçalves, além do querido Cosme, isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas" e fora acusado de racismo.
Procurado, Betti afirmou que a mensagem que motivou a ação é fruto de um vazamento e está fora do contexto da disputa pela presidência Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro.
À Folha, o ator afirmou ainda que Milton Gonçalves, que move o processo, não estava no grupo de mensagens. "Interpelação é uma coisa muito vaga, mas que tem uma gravidade para mim, e vou responder judicialmente. A mensagem está dentro do contexto da disputa sindical e foi enviada há quatro meses", falou.