Ex-frenética, astróloga Leiloca diz que casais devem ter 'encontro com bom humor': 'Amor cura tudo'
Cantora, que atendeu Lily Marinho, diz que Brasil passa por momento decadente
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Bem antes de ficar conhecida como uma das integrantes mais carismáticas do grupo As Frenéticas, Leila Neves, a Leiloca, já fazia mapa astral e, desde 1972, acumula clientes de diversos perfis. Para o Dia dos Namorados, celebrado nesta quarta-feira (12), a ex-frenética faz uma análise da data romântica.
Para ela, a astrologia é uma bússola, seu anjo da guarda. “Meu contrato com ela é vitalício." Ela afirma que a Lua em Libra, signo do amor, está harmonizada com o Sol em Gêmeos, na casa da comunicação. "A conjunção astral nos torna mais leves e sensíveis à energia do amor, afeto, humor e do entendimento. O desafio está na tensão de Marte em Câncer oposto a Saturno e Plutão neste mês. Mas, lembrem-se, meus amores, que o amor cura tudo", alerta Leiloca.
"Que tal casar com o bom humor para ficar mais leve? Pelo menos um ‘date’ com ele, três vezes por semana. As pessoas em volta agradecem, a Terra então, nem se fala", brinca a astróloga em referência àquelas pessoas mais mal-humoradas.
Leiloca mora no Rio de Janeiro, mas, por causa de sua participação no espetáculo "70? Década do Divino Maravilhoso – Doc. Musical", passou a atender clientes com mais frequência na capital paulista. O musical, aliás, tem a presença de outras duas ex-frenéticas, Sandra Pêra e Dhu Moraes, além de Baby do Brasil, ex-Novos Baianos. A peça fica em cartaz até 28 de julho no Theatro NET São Paulo, na Vila Olímpia (zona oeste).
"Sou uma carioca que ama São Paulo há décadas", afirma ela, que admite passar mais tempo na capital paulista que fluminense. "Venho sempre para cá dar palestras motivacionais e fazer show solo. Nasci 'workaholic' , amo São Paulo, amo minhas profissões."
O amor a São Paulo também se funde à própria história da artista. Leiloca diz que sua carreira teve início em 1973, quando estreou como atriz no elenco de "Dzi Croquettas - As Fadas do Apocalipse", no Teatro Ruth Escobar, na Bela Vista, região central de São Paulo.
Ela também afirma que tem desejo de se mudar para a capital paulista, mas isso só deve acontecer quando houver uma melhora no mercado imobiliário brasileiro. "Eu moro na zona sul do Rio e estou aguardando uma melhoria no mercado imobiliário para vender o apartamento e morar em São Paulo. É triste a situação do Rio."
No segundo semestre deste ano, a ex-Frenética deve estrear um novo espetáculo em São Paulo, chamado "Leiloca.com". "É um show curto, com músicas que amo, de Rita Lee a Charlie Chaplin, no qual vou contar meus encontros com meus ídolos Henriqueta Brieba, Luiz Melodia, Miles Davis, Etta James, Al Jarreau, Maurice White, entre outros. Já deu pra notar que, além de nascer frenética, também nasci eclética", diverte-se.
MAPA ASTRAL POR FITA CASSETE
Nos anos 1970 e 1980, Leiloca afirma que dava consultas presenciais e por telefone. Quando o cliente não morava no Rio, ela gravava a consulta em uma fita K7 e a enviava pelo Correios. "Com o Skype ficou muito melhor. Na minha infância, era apaixonada pela série, 'Jet Jackson', no qual o personagem falava ao telefone e via a pessoa numa tela. Aquilo, para mim, foi o máximo da evolução. Meu sonho de consumo era ter um ‘videophone’. O Skype me realizou."
Astróloga há 47 anos, a ex-Frenética afirma que sua clientela é variada e inclui de empresários a estrangeiros. "Tenho clientes de todas as idades e profissões. O empresário paulista, por exemplo, gosta e respeita bastante a ferramenta astrológica, seja para saber as previsões pessoais ou da família, seja sobre o futuro da empresa. A astrologia é muito vasta", afirma Leiloca, que não revela o valor da consulta. "Pode variar."
Ela também não divulga a identidade de seus clientes, por uma questão de respeito à privacidade. Quando a socialite Lily Marinho (1921-2011), que foi casado com o jornalista Roberto Marinho, disse ao Jornal do Brasil que se consultava com Leiloca, a astróloga ouviu queixas de uma colega.
"Uma conhecida me ligou furiosa, querendo saber por que não tinha contado para ela. Perguntei: 'Se não contei sobre cliente anônimo, por que deveria sobre alguém famoso?'. As pessoas são muito hilárias, né?", diverte-se Leiloca.
Para ela, a astrologia é preventiva e "quando chega um aspecto desafiador, é quando mais crescemos internamente". "Já pensou que monótona seria a vida com a humanidade eternamente instalada na zona de conforto?”, questiona.
BRASIL VIVE MOMENTO DE TENSÃO
A ex-Frenética Leiloca Neves afirma que, na vida, tudo é cíclico e sempre há um sinal. "Basta estarmos conectados na lucidez e numa força maior. Direta ou indiretamente, somos responsáveis por parte dessa insanidade apocalíptica. Embora eu nunca tenha lido a Bíblia, o Apocalipse é nítido."
Ela explica que a atual conjunção astral do Brasil, no ano de Marte, impera a precipitação, o pavio curto, o amadorismo em todos os segmentos da sociedade, da política à cultura. "Nem precisa ser astrólogo para constatar que o momento é tenso, preocupante, retrógrado e decadente. O ódio aumentou e com ele vieram o caos, homofobia, feminicídio, racismo, pedofilia, violência e a intolerâncias em geral."
A astróloga afirma que muitas das situações complexas pelas quais o país e os brasileiros passam se devem ao encontro de Saturno com Plutão, pois "a energia fica muito densa por se tratar de dois planetas extremamente profundos e exigentes".
"Saturno fica em Capricórnio até 2020, e traz "restrição, frieza e uma disciplina quase militar". "O lado bom é que aprendemos a nos posicionar. A parte triste é que o retrocesso impera." Já Plutão fica até 2024. Com os dois planetas em Capricórnio, Leiloca explica que se derretem conceitos, barragens (rompidas e prestes a se romperem), enchentes e até carmas coletivos.
"Não houve prevenção. A fatura chegou e temos que conviver com descaso, corrupção, 'haters', 'fake news' e essa ideia de dois pesos e duas medidas. Está puxadíssimo", diz a astróloga lembrando os incidentes em Brumadinho no início deste ano.
"Disse isso dez anos atrás: é praticamente o desaparecer do capitalismo, que traz novas opções no lado financeiro da vida. Talvez uma nova moeda ou a volta do escambo. Quando eu disse isso, acharam impossível, mas olha o bitcoin (moeda virtual) aí."
Para finalizar, ela diz que até 2020 o mundo passará por muitos ajustes e, no caso do Brasil, "precisamos ser muito positivos, pois a situação ficará cada vez mais desconfortável, por mais Poliana que eu seja."