O tabloide "New York Post" usou a previsão do tempo para alfinetar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que está sendo criticada pela ausência de artistas negros concorrendo ao Oscar 2016.

A capa do jornal desta quinta-feira (21) diz que o final de semana "será mais branco que o Oscar", por causa de uma tempestade de neve que atingirá Nova York.

A imagem da capa traz uma moça loira e de pele bem alva se protegendo da tempestade de neve.

Um dos críticos mais duros do racismo na premiação é o cineasta Spike Lee, ativista dos direitos dos negros. Lee já declarou que não vai à cerimônia e teve seu protesto endossado por outros artistas, como Will Smith, indicado três vezes ao Oscar de melhor ator, e sua mulher, Jada Pinkett Smith.

Lupita Nyong'o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Doze Anos de Escravidão", em 2014, também protestou nas redes sociais. Ela aproveitou para alfinetar não só a questão do racismo, mas toda a cultura da relevância do prêmio, que massifica a indústria cinematográfica.

"Estou desapontada com a falta de inclusão nas indicações ao Oscar deste ano. Me fez pensar sobre o preconceito inconsciente e sobre o que merece prestígio em nossa cultura. O Oscar não deveria ditar os termos da arte na sociedade moderna, mas provocar uma reflexão diversificada do que temos de melhor em nossa arte para oferecer. Eu me coloco ao lado dos meus colegas que estão pedindo por mudança na expansão das histórias que são contadas e no reconhecimento das pessoas que as contam", escreveu Lupita no Instagram.