Conhecido como "rei da soja" e com um patrimônio avaliado em mais de US$ 1,2 bilhão, o empresário Olacyr de Moraes, que morreu nesta terça-feira (16), não abria mão dos verdadeiros prazeres da vida.

Mesmo em seus últimos anos, era constantemente fotografado em festas e camarotes, sempre acompanhado de belas mulheres.

Ele se orgulhava de quantificá-las: eram "30 ou 40", segundo contou no "Programa do Jô" (Globo) no ano passado.

"Sou praticamente sozinho. Não gosto de ficar isolado do mundo, então, procuro companhias, amigas", disse o empresário, divorciado há mais de 30 anos de Edna de Moraes.

"Com 80 e tantos anos, eu gosto de ajudar as pessoas. Arranjo para elas se formarem, estudarem... Ajudo no que tenho condições de ajudar."

UM PAIZÃO

Namorada de Olacyr nos anos 1990, a ex-modelo e miss Brasil Lyliah Virna foi uma das "amigas" ajudadas pela generosidade do empresário. Ela tinha 18 anos quando engatou o relacionamento com ele.

"Foi uma pessoa muito importante na minha vida, um anfitrião quando cheguei em São Paulo", afirmou Lyliah, natural de Maceió (AL).

"Era um homem muito decente, sempre me respeitou muito, foi um paizão. Vai deixar muitas saudades."

A ex-modelo, eleita Miss Brasil Mundo em 1993, já trabalhou no teatro e teve papeis em novelas, o último em "Pequena Travessa" (SBT), de 2002.

Passando uma temporada em uma fazenda em Atalaia (AL), ela lamenta o fato de não poder ir ao velório do ex-namorado.

CARREIRA

Moraes morreu aos 84 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado havia dois dias. Ele lutava contra um câncer de pâncreas há um ano e meio.

Nascido em Itápolis, no interior de São Paulo, em 1931, o empresário se tonou um dos homens mais ricos do mundo nos anos 80 e 90, despontando como o mais jovem bilionário brasileiro a aparecer no ranking da "Forbes".

Chegou a ter 50 mil hectares de plantação de grãos, principalmente nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e um império de 40 empresas que iam do setor de construção ao agropecuário.