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Fofoqueira de 'Pega Pega', Regiana Antonini diz que gosta da vida com uma pitada de humor

Regiana Antonini, a Neide de "Pega Pega", escreve e dirige peças teatrais
Regiana Antonini, a Neide de "Pega Pega", escreve e dirige peças teatrais - Mauricio Fidalgo/Globo


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A mineira Regiana Antonini, hoje com 55 anos, ainda era criança quando demonstrou interesse pela carreira artística. Começou imitando Ruth e Raquel, as gêmeas da novela "Mulheres de Areia" (Globo) que, em sua primeira versão, de 1973, eram interpretadas pela atriz Eva Wilma.

Mais tarde, aos 12 anos, reunia a família para fazer apresentações. E não deu outra: virou atriz. Mas o que nem ela poderia imaginar é que se tornaria mais conhecida como autora de peças de teatro, séries de TV e filmes.

O sucesso atrás das câmeras chegou a deixar Regiana em dúvida: "Será que não sou atriz? Será que o meu caminho é o da escrita? Mas aí eu entendi que uma coisa não anulava a outra."

Dessa forma, ela vai conciliando as duas funções. Na verdade, três, porque Regiana acrescentou mais uma profissão ao currículo: a de diretora. "Dá para levar, porque a autora trabalha em casa, na hora que quiser. Então, consigo ensaiar, gravar e escrever. Além disso, são momentos. Teve um período na minha vida em que a autora reinou. Agora, a atriz está vindo com força total!", comenta ela, que comemora a volta às novelas como a fofoqueira Neide, de "Pega Pega" (Globo).

A sua última participação em uma trama tinha sido em "Passione" (Globo, 2010). "Eu amo fazer novela, e a Neide é divertidíssima." Durante o tempo em que não esteve na TV, Regiana conta que ser autora foi o que a ajudou a sobreviver. "Nestes últimos três anos, estive com sete peças em cartaz pelo Brasil ao mesmo tempo. Não estava na Globo, então, não tinha um salário fixo por mês, e o país estava crise", lembra ela.

Regiana começou a escrever, segundo revela, por uma necessidade autoral. Ela tinha acabado de se formar na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), no Rio de Janeiro, e queria montar uma peça. "Li vários textos, mas não encontrei aquilo que eu queria dizer, porque eu queria falar sobre o meu tempo, os meus desejos e as minhas questões. Decidi eu mesma adaptar o conto da Clarice Lispector chamado 'Miss Algrave'", lembra. A partir daí, aos 24 anos, ela começou a ser chamada para escrever outros projetos. E não parou mais.

Para este ano, ela tem vários planos engatilhados como autora e diretora. Foi roteirista, por exemplo, dos filmes "Doidas e Santas" e "Uma Pitada de Sorte", além de peças teatrais.

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