'A repressão faz as pessoas sofrerem em qualquer época', diz Caio Blat, gay em 'Liberdade, Liberdade'
Caio Blat espera que o público entenda o sentimento de seu personagem André por outros homens em “Liberdade, Liberdade” (Globo).
Homossexual em uma época de severa repressão, o irmão de criação de Joaquina (Andrea Horta) vai se aproximar do violento coronel Tolentino (Ricardo Pereira) ao mesmo tempo em que tenta acobertar sua verdadeira orientação sexual da sociedade com um romance de fachada com a prostituta Mimi (Yanna Lavigne).
“O desejo dele não é uma escolha e numa sociedade cheia de preconceitos como era naquela época, tornava a vida dele um inferno. Seria bom as pessoas verem como esse tipo de repressão faz as pessoas sofrerem, em qualquer época”, defendeu Blat em entrevista ao “F5”.
O ator ainda não sabe se o interesse de André por Tolentino vai ser correspondido, nem se os dois teriam um relacionamento.
"O coronel é um homem muito violento, bruto, e, de alguma maneira, eles começam a ficar muito próximos. Vamos ver ainda como isso vai se desenvolver”.
Blat define André como a “pessoa errada no lugar errado”, já que "tudo no Brasil é hostil a ele, desde o calor intenso até a falta de modos dos locais".
Já a discussão sobre como se lidava com a homossexualidade no período é um assunto bastante pertinente a ser abordado em novelas de época, mesmo sendo um argumento mais presente nas tramas contemporâneas.
“E o amor romântico do casal heterossexual, quantas vezes não foi explorado? Há milhões de histórias para serem contadas. O drama que ele vive em 1808, uma época diferente, vai nos mostrar como é difícil em qualquer época para a pessoa homossexual entender seus sentimentos, lutar contra os preconceitos e a repressão", aposta.
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