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'Não quero ser um símbolo sexual', diz Juliano Cazarré, o MC Merlô de 'A Regra do Jogo'

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Para interpretar o MC Merlô de "A Regra do Jogo", Juliano Cazarré mergulhou no universo do funk.

O ator frequentou bailes, assistiu clipes, alguns mais ousados, outros mais engraçados, e fez desabrochar o rebolado que nem sabia que tinha. Em casa, escutava várias compilações do ritmo e treinava "Suave", o hit de Merlô, que já conquistou dois pequenos fãs, seus filhos, de 5 e 3 anos de idade.

"Eles adoram, dançam comigo, já sabem cantar a música da novela e é muito fofinho ver eles cantando. E o bom das crianças é que elas não fazem com a preocupação de ficar bonito", contou ao "F5".

"Minha mulher trabalha tanto que nem escuta. Ela sai de manhã cedo e eu fico lá, trabalhando com calma, lendo meu jornal e com os meninos. O mais velho já tá entendendo que o papai trabalha na televisão, mas não acha graça."


O ator conta que preferiria ter um personagem que usasse mais roupa e tivesse um texto superinteligente, mas já se acostumou ao pouco figurino de Merlô. Tanto que nem se incomoda em andar sem camisa pelos corredores do Projac.

Fora do ambiente de gravações, Juliano Cazarré acha que é natural que o assédio feminino aumente por causa do personagem. O ator afirma que nunca recebeu nenhum comentário desrespeitoso de uma fã, apenas pedidos de fotos ou gracinhas ocasionais, coisas com a qual sua mulher lida bem, melhor até do que ele próprio, se fosse o contrário.

"Sou um cara mais tranquilo, mais cool. Não faz parte dos meus planos ser um símbolo sexual. Mas o Merlô tem esse apelo e eu não tenho problema de fazer. Estou me divertindo com isso", disse.

Ele explica que não baseou Merlô em nenhum outro funkeiro e vê com bons olhos o fato de "A Regra do Jogo" ser a terceira novela em sequência —após "Babilônia" e "I Love Paraisópolis"— a ser ambientada em uma favela, no caso o Morro da Macaca. Lá, Merlô é visto como um "príncipe", filho da "rainha" da comunidade, Adisabeba (Susana Vieira).

"É bom o Brasil virar o olho para a comunidade. Essa é uma cobrança que a gente vem ouvindo desde criança, de que na televisão não tem pobre, não tem favela. A gente tem uma comunidade em que a construção cênica é superrealista. Mas o núcleo do Merlô tem certa liberdade poética, tenho alguma liberdade para inventar o meu funkeiro."

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