Entre o seriado "Dupla Identidade" e a novela "Babilônia", Bruno Gagliasso passou por três meses de preparação para descompor o psicopata Edu e entrar na pele do cafetão Murilo.

O ator estudou de 8 a 10 horas diárias com os preparadores Kátia Achcar e Sérgio Penna para compor o novo personagem e demarcar as diferenças em relação ao anterior, um assassino em série. A principal distinção para ele é que, enquanto Edu era psicopata, Murilo é uma pessoa normal, porém mau caráter.

Gagliasso também pesquisou anúncios de prostituição em sites e jornais para entender o submundo em que vive seu personagem, mas diz que não chegou a visitar casas de prostituição.

"Não precisa nada disso. Não preciso cheirar cocaína para fazer um drogado, não preciso me internar num manicômio para fazer um maluco. Basta estudar", justifica.

Na trama de Gilberto Braga, Murilo é um agenciador de garotas de programa de luxo. Ele se apaixona por Alice (Sophie Charlotte), uma jovem de classe média que troca a conservadora Dubai pelo Rio de Janeiro, e que acaba sendo levada ao mundo da prostituição pelo próprio Murilo.

"Ele vai à procura da Alice por que um dos clientes dele quer uma garota top. Ele a encontra na praia, conquista ela e a transforma em garota de programa. O conflito dele é que ele precisa dela para ganhar dinheiro, mas se apaixona por ela", adianta Bruno.

Segundo o ator, as histórias das garotas de programa agenciadas por seu personagem e os motivos que as levaram a entrar para a prostituição são diversos. Há aquelas que estão por necessidade, outras por que gostam.

"A prostituição ta aí, tá viva, é real. Eu não tenho que concordar ou discordar, julgar ou não julgar. Não sou moralista, cada um faz de sua vida e de seu corpo o que bem entender. Sou radical contra a exploração sexual, isso é crime", opina.