Só assistia de vez em quando, confessa Dan Stulbach, novo apresentador do 'CQC'
Dan Stulbach, 45, já está começando a se preparar para assumir, em março, a bancada do "CQC" (Band).
O ator assinou contrato com a emissora na última terça-feira (11) para assumir o comando da atração em 2015 no lugar de Marcelo Tas, que fica até o fim do ano.
Em conversa com o "F5", Dan confessou que ficou surpreso ao receber o convite da Band.
"Achei uma loucura quando me sondaram. Muito diferente de qualquer coisa que eu já tinha feito. Me deram um tempo para pensar, depois me ligaram de novo, dessa vez, para valer", contou.
Além do "CQC", Stulbach vai continuar apresentando o "Saia Justa", na GNT, e o "Fim de Expediente", na rádio CBN. As duas empresas, do grupo Globo, não tiveram problemas com a ida dele para a Band.
A rádio e a emissora foram consultadas antes por Dan, que foi cauteloso. Como ninguém se opôs, resolveu aceitar o convite da Band e encarar o desafio. Para ele, os dois programas têm uma certa semelhança com o "CQC".
"São programas de variedades, em que discutimos assuntos polêmicos, atualidades, com um toque de bom humor e leveza", compara.
Um workaholic assumido, Stulbach também vai continuar em turnê com a peça "Meu Deus!", com Irene Ravache, e começa a filmar em dezembro o novo longa de Hector Babenco. A experiência com teatro, segundo ele, pode ajudar na hora de encarnar um personagem para o novo programa.
"O 'CQC' é super teatral. São três caras numa bancada, interagindo, brincando um com o outro. Aquilo que eu puder levar do teatro para lá será ótimo. Tem muito improviso também, nem tudo é roteiro", diz ele, que vai entrar de cabeça, e claro, assumir o figurino do programa: terno preto e óculos escuros.
Até março, Dan terá ensaios, gravação de pilotos e reuniões junto à direção. Ele vai participar ativamente das decisões e até dar palpites no elenco.
A Band inclusive o consultou para saber se não havia nenhuma restrição a prováveis colegas de bancada. Alguém com quem ele se recusaria a trabalhar.
"Perguntaram se eu tinha algum veto, mas não tenho problema com ninguém. Eles estão reformulando geral e estão me envolvendo em várias decisões, o que acho ótimo", afirma ele, que confessa que assistia ao programa só "de vez em quando".
ARRISCADO
Modesto, o novo apresentador do "CQC" diz que aceitou encarar a proposta pelo desafio, sem se preocupar se vai ou não agradar à audiência.
"Não tenho certeza alguma [se vou agradar]. Confio na escolha deles. Estou me arriscando. Tive que pensar nisso sem pensar se eu ia agradar o público ou não, mas sim no que isso significa para mim como desafio pessoal", explica.
"É importante correr riscos em qualquer profissão. Sair da zona de conforto. Mas por enquanto estou tendo uma resposta legal das pessoas", se anima.
ANTI-TAS
Stulbach ainda está estudando o personagem que vai encarnar à frente da bancada. É impossível não haver comparações com Marcelo Tas, que comanda o programa desde a sua criação, em 2008.
"Gosto muito do Marcelo como pessoa", elogia Dan, que conhece o antecessor por meio da mulher dele, a atriz Bel Kowarick, com quem já trabalhou. "Ele mistura muito bem o humor e a inteligência. Não vou copiá-lo, mas quero encontrá-lo para conversamos. Ele disse que ficou feliz com a minha escolha, então isso já é bacana", comemora.
Mesmo consagrado como apresentador, Dan não descarta uma volta às novelas. Ele admite que sua paixão mesmo é atuar.
"Existe ainda a possibilidade de criar alguma coisa em dramaturgia, nunca descartei isso. Seja na Band ou não, seja como ator ou diretor. Eu gosto de mexer com a criação artística", explica.
"Nunca planejei ser apresentador. Eu fugia dessa coisa do 'eu'. Achava que, quanto mais as pessoas me conhecessem, menos elas acreditariam no personagem. Hoje em dia não é bem assim. Tem a internet, as pessoas ficam sabendo da intimidade dos outros, e mesmo assim os espectadores embarcam nas criações".
Entusiasmado com a nova casa, Stulbach afirma que está vivendo um momento especial em sua vida e carreira.
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