Tem que ser boa de briga, afirma Regina Casé de volta com o 'Esquenta!'
Na disputa pela audiência dominical da televisão, Regina Casé, 60, afirma se esquecer que é uma mulher.
"Ela costuma dizer que é um negão de 16 anos", diz o pagodeiro Péricles, participante fixo do programa "Esquenta!" (Globo).
"No lugar que a gente está, não há segmentação. Tem que ser bom de briga", dispara a apresentadora, que retorna neste domingo (13) à programação da Globo.
"Antes, tinha programa só para mulher. Mas festa boa tem que ter uma gordona, uma bichinha gritando na pista", segue ela, com a promessa de continuar promovendo uma festa popular, com "a cara do Brasil" nas tardes da TV.
Em ano de Copa do Mundo do Brasil, caberá ao "Esquenta!" entreter o público antes da final do Mundial. Por isso, durante o evento, a atração contará com cinco edições ao vivo.
"Estou apavorada! O 'Esquenta!' parece ser gravado ao vivo porque a gente faz uma festa, mas são cinco, seis horas de gravação para ir ao ar uma hora e meia no ar. Agora não sei como vou fazer para não estourar o tempo", desabafa.
Sobre a edição truncada, resultado do excesso de material, o antropólogo Hermano Vianna, também criador do programa, filosofa: "A edição é como um álbum de fotos de uma festa. Tem a intenção de contar o que aconteceu, não é linear. A ideia é essa mesmo".
Semanalmente, a atração ganhará um cenário totalmente novo, que vai dialogar com os temas abordados.
Além da Copa, a eleição vai estar representada no quadro "O que Queremos para o Brasil', personalidades revelarão o que desejam para o futuro do país.
Já em "Visita Musical", artistas de gêneros distintos se encontram no palco, como Valesca Popozuda e Tom Zé.
Nascida na zona sul carioca, mas com trânsito livre da favela à eventos da alta sociedade, Regina Casé refuta a imagem "carioca" da atração.
"Isso já morreu na segunda temporada do 'Esquenta!'. Ninguém fala mais. E outra, [a novela] 'Avenida Brasil' era carioca e fez sucesso no Brasil todo. Não sinto isso um problema", diz.
"O que eu prego é para quem mora na favela possa não ir só ao shopping, mas circular pela cidade inteira. Você tem que ter o melhor de todos os mundo", finaliza a apresentadora.
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