Laércio acompanhará Chay mesmo na sarjeta, aposta o ator de "Cheias de Charme"
Quem vê Luiz Henrique Nogueira interpretar o personagem Laércio no horário das 19h na TV Globo pode pensar, à primeira vista, que ele já nasceu na televisão.
Com uma boa química com a telinha, o chiclete de Chayene (Cláudia Abreu) vem ganhando destaque com seus trejeitos marcados, visual brega moderno e as trapalhadas em que se mete para permanecer ao lado da suprema "Brabuleta".
"Eu imagino que ele [Laércio] fique junto dela [Chayene] até o fim. Pode ser que ela perca muita coisa, que não faça mais tanto sucesso, faça shows em lugares chinfrins, mas ele não vai abandoná-la", afirma o pupilo.
A parceria dos dois parece estar dando certo. Apesar de disputar a atenção da diva do eletroforró com Socorro (Titina Medeiros), o fiel Laércio encontrou seu lugar.
Por não representar uma ameaça à fama da cantora, o ex-marido virou seu braço direito e a única pessoa em quem ela confia plenamente, em especial quando o assunto são as armações contra as Empreguetes, Fabian (Ricardo Tozzi) e quem mais vier pela frente. "Ele quer ficar nos bastidores", completa. "Não tem o desejo de pegar a fama de Chayene".
Nos próximos capítulos da trama, a musa vai voltar seus canhões para Rosário (Leandra Leal), a única das empreguetes a seguir cantando após a separação do grupo. Ela também armará um plano para que Socorro desista de se apresentar com ela - tudo concatenado com a participação de seu fiel escudeiro.
"Eu não fico com pena [das armações]. Os autores estão contando uma história feliz. E, além disso, a Penha mesmo falou que essa onda de cantar talvez não seja a dela", defende.
Na visão do ator, a diva da música brega não tem planos de destruir Rosário, mas quer envenenar a relação da empreguete com Fabian. O objetivo é ter só para si a exposição da mídia que o galã alimenta. "Faltando ainda 18 capítulos para contar o fim da história, muita coisa pode mudar", pondera.
DESDE O TABLADO
A chegada de Luiz Henrique na tevê aconteceu devagar. Formado em jornalismo pela PUC-Rio e em Artes Cênicas pela Faculdade da Cidade, o ator apostou os primeiros 15 anos de sua carreira no teatro de pesquisa, período em que também participou de curtas e filmes "cabeça" como "Madame Satã" (2001), "Cinemas, Aspirinas e Urubus" (2004) e "Caminho das Nuvens" (2003), em funções que passavam pela atuação, assistência de direção e seleção de elenco.
O pulo para a televisão aconteceu em 2002, quando a diretora Ana Maria Moretzhon o convidou para participar da novela "Sabor da Paixão" (Globo). De lá para cá, Luiz vem somando participações cada vez mais expressivas na telinha e ampliou o currículo com as novelas "Senhora do Destino" (Globo), "Luz do Sol" (Record) e "Insensato Coração" (Globo).
A mudança de perfil dos trabalhos é encarada com naturalidade pelo ator, que diz saber balancear a experiência nos palcos e a visibilidade que a televisão traz. "Não existe televisão cabeça no Brasil, pelo menos não na TV aberta. Mas aqui ela tem prestígio. Eu adoro fazer novela, tenho interpretado personagens que não são hiperrealistas e me divirto", completa.
Apesar de aproveitar a nova fase e comemorar o sucesso de Laércio, Luiz planeja voltar para os palcos o quanto antes e já estuda um novo projeto cênico para quando a novela terminar.
Comentários
Ver todos os comentários