Cerca de cem pessoas, muitas segurando cartazes e flores, aguardavam do lado de fora do tribunal em Los Angeles, onde acontece nesta terça-feira (27) o primeiro dia de julgamento de Conrad Murray, médico acusado pela morte de Michael Jackson.

"Queremos justiça, temos que fazer pressão para dificultar a vida de Conrad Murray", falou o promotor de eventos Bristol Clayton, que carregava um cartaz que dizia: "Michael não estava pronto para ir embora".

Bristol afirmou que veio de Boston (a 4.800 km de Los Angeles) e aguardava desde meia-noite para conseguir um bom lugar do lado de fora, da onde viu passar os pais de Jackson, Joe e Katherine, além de suas irmãs LaToya e Janet e o irmão Jermaine.

Uma fã russa, moradora de Los Angeles, segurava um girassol, flor favorita do cantor. Um sósia de Jackson, vestido de dourado, dançava na calçada para uma equipe de TV. Pôsteres com bandeiras de vários países foram colocados num muro em frente ao tribunal.

Embora em menor número, havia gente a favor de Murray, como a agente de atores Beatrice Fakhrien, que disse que o médico era seu amigo pessoal.

"Nos conhecemos na igreja", disse Beatrice, que chegou às 7h30 com amigos da igreja e todos rezaram juntos. "Conrad amava Michael. E Michael amava Conrad. Os dois eram muito amigos."

Teorias conspiratórias também tiveram lugar. A autora Divine Lisa, cocriadora da Fundação Compaixão de Michael, distribuía máscaras do filme "V de Vingança" (2006), sobre um terrorista que quer implodir o Parlamento britânico.

"A máscara é um simbolismo da lavagem cerebral que está acontecendo agora", disse Divine. "Michael foi assassinado por muitas razões, Murray é apenas a ponta do icebergue. Isto é um jogo, uma mentira. A verdade é muito maior."