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Jornalista conta como foi acompanhar descobrimento do "Da Vinci perdido"

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Além da equipe de pesquisadores, um outro time trabalhou duro durante as investigações que culminaram com a descoberta de um suposto quadro perdido de Leonardo da Vinci em Florença.

Trata-se do grupo comandado pelo jornalista Max Salomon, diretor e produtor de "O Da Vinci Perdido", documentário que terá estreia mundial no canal pago Nat Geo no domingo (18) às 22h45.

Salomon diz que, por conta das filmagens, foi um espectador privilegiado das pesquisas na parte leste do Salão dos Quinhentos, localizado no Palazzo Vecchio, que hoje abriga a Prefeitura de Florença.

Foi lá que, após mais de 30 anos de pesquisa, a equipe do pesquisador Maurizio Seracini encontrou evidências de que a lendária pintura "A Batalha de Anghiari" está atrás do afresco "Batalha de Marciano", de Giorgio Vasari.

Detalhe para os mistérios dignos de "O Código Da Vinci", como a inscrição no afresco que diz "quem procura, acha".

"O interessante é ver que essas pistas realmente existem", comentou Salomon, em bate-papo com a imprensa internacional.

A pintura de Da Vinci supostamente havia sido destruída quando o Salão dos Quinhentos foi remodelado em meados do século 16.

Crédito: Dave Yoder/Divulgação O pesquisador Maurizio Seracini (à frente) trabalha junto ao afresco "Batalha de Marciano", de Giorgio Vasari
O pesquisador Maurizio Seracini (à frente) trabalha junto ao afresco "Batalha de Marciano", de Giorgio Vasari

Sobre a dificuldade de gravar um documentário a respeito de um quadro que nunca é visto, Salomon diz que foi um "desafio".

"Nós tivemos que rastrear as cópias de pessoas que viram a obra durante os 50 ou 60 anos em que ela ficou exposta", contou.

Para não danificar a obra de Vasari, foi usada uma sonda endoscópica, com uma câmara acoplada, inserida através da parede em que ela está pintada.

Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, houve descobertas importantes, como o fato de haver um espaço entre o afresco e a parede original, no qual há tinta com a mesma composição da usada por Da Vinci em sua "Mona Lisa".

Salomon se furta a dizer se acredita com 100% de certeza que trata-se da obra de Da Vinci, mas diz que "há evidências notáveis de que seja".

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