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Mudança em órgão sexual de "besoura" fez esperma evoluir

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Quando se trata de sexo, algumas fêmeas são manipuladoras --notadamente as de besouros aquáticos. Pesquisadores nos EUA mostraram como as mudanças nos órgãos sexuais femininos moldaram a evolução dos espermatozoides nesses insetos.

A descoberta questiona a noção tradicional de que a chamada "seleção sexual" seria obra principalmente dos machos. O conceito surgiu com o criador da teoria da evolução, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882).

A seleção sexual continua mesmo dentro do aparelho reprodutivo da fêmea; o esperma de vários machos compete para fecundar os óvulos.

A pesquisa feita agora com 42 espécies de besouros aquáticos revelou um mundo de formas bizarras de órgãos sexuais e de espermatozoides que tentam se adaptar a eles. Existem cerca de 4.000 espécies de besouros aquáticos em todo o mundo.

"Ao criar uma corrida de obstáculos, a fêmea pode avaliar a qualidade do esperma, com apenas o mais apto sendo capaz de atingir as posições ótimas para a fertilização", disse à Folha a pesquisadora Dawn Higginson, da Universidade do Arizona, que liderou o estudo, publicado na revista científica "PNAS".

Em animais como moluscos e insetos, os órgãos reprodutivos femininos e os espermatozoides existem em uma grande variedade de formas.

"Nossos resultados mostram que a seleção sexual não é sempre a competição de macho com macho", diz.

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