Sob críticas, Gwyneth Paltrow lança app para o iPhone

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Ao escolherem a cena mais satisfatória de um filme em 2011, alguns críticos de cinema e jornalistas apontaram a sequência em que, vitimada por um vírus maligno em Contágio, Gwyneth Paltrow sofre uma convulsão no chão da cozinha, para o horror do marido, interpretado por Matt Damon. Escolha mórbida? Nem tanto. Críticos adoram odiar Gwyneth Paltrow.

O movimento anti-Gwyneth se tornou mais evidente em 2008, quando ela fundou o website de estilo de vida GOOP, no qual dá dicas de saúde, fitness e bem estar, além de ela escrever uma newsletter de periodicidade semanal em que dá dicas desde como uma mãe que trabalha fora deve se comportar até o melhor lugar para se fazer ioga (imaginem os preços!).

Os críticos caíram de pau. A atriz foi chamada de arrogante e paternalista. Quem é Gwyneth Paltrow para dar conselhos de bem estar?

Crédito: Daniel Roland/France Presse Sob críticas, Gwyneth Paltrow lanca app para o iPhone
Sob críticas, Gwyneth Paltrow lanca app para o iPhone

Ou como cinicamente escreveu um colunista na época do lançamento do GOOP. "Quando a vida de uma pessoa é tão incrível quanto a de Gwyneth, porquê ser egoísta e manter todos esses fabulosos segredos para si mesma?"

Pois Gwyneth voltou a atacar na semana passada ao lançar uma aplicação do website GOOP para o iPhone. Neste app, batizado de GOOP City Guide, a atriz recomenda os bares, lojas, restaurantes e lugares de Nova York que ela gosta de frequentar ou alguma amiga comentou a respeito.

Ao custo de US$ 3, 99 (cerca de R$ 7), o app contem videos mostrando a atriz (linda, bem vestida e bem maquiada) caminhando pela cidade, e comentando sobre determinada região ou loja.

"Bem cedinho numa manhã no meio da semana, antes de os turistas chegarem, o SoHo ainda é mágico", diz Gwyneth em um dos vídeos, esquecendo-se que turistas movimentam o comércio do SoHo.

A parte comercial do app sugere compras impraticáveis para a maioria dos mortais: bolsas acima de US$ 3.000. Os críticos dessa vez chamaram o conteúdo do app da Gwyneth como "idiota e classisista".

O site da MSNBC apontou em seu crítica: "É uma app para o 1%", numa alusão aos bilionários que o movimento Ocupe Wall Street protesta contra. E o crítico do Gawker disse que "Gwyneth Paltrow criou o primeiro app do iPhone feito para pessoas perfeitas".

Antes de continuar investindo em seu website, Gwyneth ponderou o futuro dele, principalmente depois das críticas à comentários triviais que a atriz escreveu em suas newsletters como "Minha vida é boa por que não sou passiva, eu não gosto de perder tempo". Ou "Eu gosto de estar em lugares que são limpos e te fazem sentir bem". Ou "Anote num calendário tudo o que você quer fazer, hora a hora". Ou "O melhor momento de você retornar ligações telefônicas é depois de deixar os filhos na escola. Mas dirija seu carro com o celular ligado no fone de ouvidos". Ou "Eu cozinho muito nos finais de semana. Então, organizo a compra de supermercado na sexta-feira. É claro que as empresas e supermercados que vendem produtos pela internet fazem isso tudo um sonho para nós todas!"

Em entrevista à revista Harper's Bazaar, no começo deste ano, Gwyneth disse que pensou em fechar o website em dois determinados momentos.

"As pessoas eram tão maldosas comigo. Eu não queria mais fazer aquilo!", disse ela sobre o website. "Mas depois pensei: 'Quem é que se importa com o que um idiota diz ou escreve sobre meu website?"

Ah, a respeito do novo app, Gwyneth também comenta as dicas de compras de seu chofer. Ela é mesmo um amor.

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