Oscar pode reparar omissões nos prêmios SAG e Globo de Ouro

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As indicações das organizações do Sindicatos dos Atores Americanos (SAG, na sigla em inglês) e da Associação de Correspondentes Estrangeiros em Hollywood (HFPA), anunciadas respectivamente ontem e hoje, mostraram várias surpresas e alguns incentivos, e muitos danos para os lobbystas dos estúdios.

Alguns podem ser reparáveis até 24 de janeiro, quando serão anunciadas as indicações para o Oscar. A injustiça mais gritante de ambos os prêmios SAG e Globo de Ouro foi a ausência do ator inglês Gary Oldman, que comanda uma das melhores performances do ano pelo filme "O Espião que Sabia Demais", baseado em livro de espionagem de John LeCarré. Os organizadores da campanha do filme têm muito "damage control" pela frente, caso queiram garantir uma indicação para Oldman no Oscar e uma para o inglês Colin Firth, na categoria de melhor coadjuvante.

Os lobbystas do Oscar também vão ter que ralar para reavivar as chances de Kirsten Dunst (por "Melancolia") não lembrada em nenhum prêmio, ou a ótima performance de Ben Kingsley como o cineasta francês Georges Méliès em "A Invenção de Hugo Cabret", nome ausente de ambos os prêmios. O estúdio Disney terá que investir mais dinheiro na campanha para o novo filme de Spielberg, "Cavalo de Guerra". O filme parecia ser uma aposta certa para o Oscar, mas sua reação na temporada de prêmios tem sido tímida até o momento. A produção foi indicada para o Globo de Ouro de melhor filme, mas Spielberg não foi lembrado na categoria de melhor diretor. A Fox também terá que fazer uma pressão se quiser que o brasileiro Carlos Saldanha concorra ao Oscar por "Rio". O desenho animado não esteve entre os cinco escolhidos pelo Globo de Ouro.

Como o Oscar gosta de apresentar e endossar jovens atores ou cineastas, a presença na lista do Globo de Ouro das atrizes Rooney Mara, por "Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres", e de Shaileene Woodley, por "Os Descendentes", podem ter o mesmo destino em 2012 que Jennifer Lawrence ("Inverno da Alma") e Hailee Steinfeld ("Bravura Indômita") tiveram no Oscar 2011. O ator mexicano Demián Bichir, mais conhecido pelo político corrupto que interpreta no seriado de TV "Weeds", ganhou um grande impulso com sua indicação para o SAG de melhor ator por seu ótimo desempenho no filme "A Better Life", no qual interpreta um jardineiro ilegal em Los Angeles. Kate Winslet e Jodie Foster, ambas atrizes de "Carnage", foram indicadas para o Globo de Ouro, criando um pouco de atenção em cima do novo filme de Roman Polanski, que estava tendo uma campanha quase nula para o Oscar.

Apesar do título, "W.E. - O Romance do Século", o segundo filme dirigido por Madonna (ela faz de conta que é seu primeiro, tentando esquecer "Filth and Wisdom", que dirigiu em 2008), não existe nada de épico nessa produção. A verba da campanha do filme para a temporada de premiações foi reduzida pelo estúdio Weinstein Co., mas mesmo assim o Globo de Ouro lembrou-se da melhor coisa do filme: a trilha sonora do excelente compositor polonês Abel Korzeniowski, que o designer Tom Ford apresentou à Madonna (ah, a nova canção de Madonna, que encerra o filme, é uma das piores já compostas pela popstar!). Outra rainha da mídia, a atriz Angelina Jolie, foi lembrada também no Globo de Ouro pela sua estréia na direção. O drama de guerra da Bósnia "In the Land of Blood and Sugar" recebeu uma indicação de melhor filme estrangeiro, pois a produção é falado em bósnio. Caso Angelina não seja indicada para o Oscar (e é bem que provável que não vá ser), ela não deverá estar ausente da cerimônia: seu namorado, o ator Brad Pitt, parece ser o favorito ao Oscar de melhor ator.

Crédito: Carlo Allegri/Reuters Rooney Mara foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática por "The Girl with the Dragon Tattoo"
Rooney Mara foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática por "The Girl with the Dragon Tattoo"

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