Celebridades

'Não acredito em rock', diz fã presenteado com show surpresa do NX Zero

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No condomínio residencial Alphaville 9, 750 famílias dividem as ruas arborizadas, silenciosas e muradas de Santana de Parnaíba. Os carros, motocicletas e cachorros de raça compõem os ruídos locais. Na quarta-feira (22), porém, a tranquilidade sonora suburbana foi interrompida por um show privado do NX Zero.

O local, escolhido pelo Spotify, era a casa de um fã, Zaka Kappel, 17, um dos que mais ouvem a banda por meio do aplicativo de streaming. A ideia era surpreendê-lo levando seus ídolos para dentro de sua casa, uma ação de marketing para mostrar que o aplicativo "transforma a experiência de ouvir música em algo mais pessoal".

O sujeito do experimento não é um mero fã. Ele também se inspira profissionalmente no NX Zero. Ex-aluno do Objetivo de Alphaville, Zaka largou o ensino médio para se dedicar à arte e fazer um "intercâmbio musical" na Califórnia, onde conheceu Brandon, seu parceiro de banda. Os dois já gravaram um EP, "Future Calls", disponibilizado no Facebook.

O evento, em estilo acústico de roda de violão, reuniu cerca de 30 amigos, vizinhos e ex-colegas do garoto, além da família, de origem gaúcha, e uma vasta equipe de produção que gravava a ação promocional.

Zaka usava um gorro na cabeça e roupas no melhor estilo misto de skater, punk e surfista adotado pelos músicos que são suas referências musicais —Blink 182, Reel Big Fish, Sum 41, My Chemical Romance e outros sucessos da metade dos anos 2000. Sua banda favorita, inclusive, não é o NX Zero, e sim a boy band britânica McFly.

"Eu não acredito em rock", postula o garoto ao "F5", questionado sobre o rótulo de "emo" que recaía sobre o NX Zero quando a banda estourou. "Só existe música boa e música ruim. Quando a pessoa ouve música boa e não tem discernimento mental o suficiente para ter uma opinião construtiva, ela rotula".


Di Ferrero, vocalista do NX Zero, também descarta o preconceito e acredita que a banda já evoluiu dessa imagem inicial. "Isso foi 11 anos atrás. Qualquer um muda em 11 anos. No começo a gente só ouvia banda gringa, era adolescente, queria fazer 300 mil coisas. De repente a gente bombou, começou a conhecer músicos, festivais, isso foi agregando", disse Di, que atribui parte da mudança no estilo da banda às influências brasileiras que incorporaram ao longo dos anos.

Já para o garoto, ver a banda em sua casa foi um sinal de que ele também está começando a "conhecer músicos" com quem pode fazer parcerias para crescer. "É a primeira vez desde que eu comecei a trabalhar no projeto com o Brandon que eu to sentindo 'pô, ta acontecendo'. Foi uma realização absurda", disse, sobre o fato de ter tocado suas próprias composições com seus ídolos.

A surpresa de Zaka ao ver a banda foi legítima. O álibi que o tirou da casa enquanto o cenário era montado, no entanto (visitar o estúdio do Spotify para falar do NX Zero) fez com que o garoto desconfiasse de que algo assim poderia acontecer. "Passou pela minha cabeça que eu poderia encontrar eles, mas não que eles iam estar fazendo uma 'jam' na minha casa. Foi totalmente inusitado, eu estava preocupado em chegar em casa e fazer xixi, já que eu estava há quatro horas no carro", comentou.

A reportagem do "F5" aproveitou o momento para questionar Di Ferrero sobre seus planos de se casar com a modelo Isabeli Fontana, mas o cantor desviou do assunto, comparando o casamento à banda: "Estou casado com quatro caras há 14 anos. Eu sei bem como é casar, e a gente ainda não tem a parte boa, a gente não dorme junto. Mas o palco dá um pouco desse êxtase quando estão os cinco juntos", afirmou.

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