Celebridades

Em uma semana está tudo sob controle e na outra tudo muda, diz Marjorie Estiano

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Quem ainda está se acostumando a ver Marjorie Estiano, 32, como a vilã Cora na novela "Império" (Globo) pode se surpreender com mais uma faceta da moça.

Além de atriz, ela é cantora de voz melodiosa e autora consistente de boa parte das letras do álbum "Oito", que terá lançamento no Tom Jazz, em São Paulo, neste sábado (13).

Alheia às notícias que dão conta de que ela teria se irritado em ter de voltar à novela às pressas para substituir Drica Moraes, afastada por conta de uma faringite, ela diz que as surpresas fazem parte da rotina do artista.

"Eu não posso nem dizer que me surpreendo com um volume de trabalho nessa proporção, e nem com essa inconstância", disse em entrevista ao "F5".

"As coisas acontecem 'normalmente' assim. Em uma semana está tudo sob controle e programado e na outra tudo muda", relativizou. "Já aconteceu várias vezes em contextos diferentes."

"Para conseguir conciliar teatro ou shows durante o período de gravação de uma novela depende de muita coisa. E nem sempre é possível", contou. "Mas quando a possibilidade tem a generosidade da equipe como aliada, acontece."

Segundo ela, toda a agenda de divulgação do álbum será mantida. Só vai sobrar menos tempo para ela.

"[Só não vou manter] algumas atividades cotidianas e, claro, as mesmas horas de sono", brincou. "Vai ser muito mais cansativo, mas também estou muito feliz."


NOVA ESTREIA

No novo álbum, a artista aparece mais madura e segura de si que quando surgiu na pele da "bad girl" Natasha na novelinha adolescente "Malhação" (Globo). Na época, ela soltava a voz na fictícia Vagabanda e acabou gravando o primeiro álbum, que levava seu nome, também na vida real.

"Muita coisa aconteceu, na minha vida pessoal, profissional... São quase 10 anos desde o primeiro disco", lembra. "[Foi] uma mudança gradativa que se reflete nesse novo trabalho também."

Ela conta que "Oito" foi concebido em função da necessidade que ela sentiu de se expressar musicalmente, e que ela considera o álbum como uma nova estreia na música.

"Essas foram as minha primeiras palavras, acho que estou aprendendo a falar ainda", comparou. "Espero percorrer o caminho até a fluência desse idioma. E que nunca me falte motivação pra falar. Assunto eu sei que não vai."

Marjorie explicou também que o título do álbum não tem a ver apenas com o fato de ter composto oito das canções que estão na compilação.

"[É] uma alusão ao símbolo do infinito enquanto algo contínuo, em fluxo, em movimento", contou. "Buscando o nome me fiz algumas perguntas e entre elas o que eu via quando olhava pra esse trabalho. E para além do resultado, esse disco é, para mim, o retrato de algo em movimento."

"Não apenas pela maneira que foi concebido, pois o repertório foi se construindo ao mesmo tempo em que gravávamos e a sonoridade se definia", explicou. "Mas principalmente, eu vejo um movimento imenso em mim refletido nele. Através dele dei início ao meu entendimento enquanto compositora, através dele fui adquirindo um vocabulário para conseguir me entender e me manifestar musicalmente. Um movimento que me permitiu ter perspectiva, ver um caminho."

A cantora preferiu não se enquadrar em nenhum estilo musical. "Confesso que categorizar não é uma das minhas habilidades", riu. "Eu tenho por hábito buscar a pluralidade... Enquadrar, de certa forma, implica em dar limite, e não só musicalmente, mas de uma maneira muito mais abrangente."

"A contemporaneidade trouxe um acesso ilimitado, sem fronteiras, globalizado, de informação, de cultura", complementou. "Essa condição acaba resultando numa fusão de elementos que talvez nem passe pelo racional."

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias