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Ex-cirurgião plástico de Andressa Urach condena uso do hidrogel

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O cirurgião plástico Felipe Tozaki, que já fez aplicações de botox em Andressa Urach, 27, afirmou ao "F5" que a modelo está em estado crítico e pode vir a ter um quadro de infecção generalizada.

Urach continua internada na UTI em um hospital de Porto Alegre, com diagnóstico de infecção grave decorrente da rejeição do hidrogel. Ela está sedada e respira com a ajuda de aparelhos.

Tozaki informa que não realiza o procedimento de aplicação de hidrogel em seu consultório porque é um produto sobre o qual ainda não se tem muitas informações.

Andressa Urach usou 200 vezes a quantidade de hidrogel aprovada pela Anvisa
Após cirurgia, Andressa Urach respira com auxílio de aparelhos
Miss Bumbum evangélica está orando pela amiga Andressa Urach

"Faço preenchimento apenas com silicone e enxerto de gordura do próprio paciente [lipoescultura], procedimento que sabemos que é seguro. Não faço esse tipo de aplicação [com hidrogel] porque é relativamente novo e a gente não sabe quais as implicações. É um material estranho sendo injetado no corpo", explica.

Segundo ele, Andressa está com uma infecção localizada por causa do hidrogel aplicado nas coxas há cerca de cinco anos. A infecção, no entanto, pode passar para o sangue e se tornar uma infecção generalizada, atingindo órgãos como rins, pulmões e podendo levar à morte.


Tozaki afirma já ter feito procedimentos para retirar restos de hidrogel e metacril, outro produto de efeito parecido, de outras pacientes. O metacril, tipo de plástico, é responsável por um famoso bumbum: o de Valesca Popozuda.

"Eu já vi várias complicações por causa disso. Tenho fotos horríveis, já tirei 300 ml de pus de pacientes que injetaram isso no rosto e infeccionou. É uma infecção grave", explica Tozaki, que condena a proliferação da nova "moda".

"Virou um oba-oba de Aqualift, metacril, hidrogel... tem muita gente irresponsável aplicando isso. Já tive paciente que aplicou na academia! São pessoas sem formação médica, sem assepsia nenhuma, que fazem a intervenção em local inadequado. É muito perigoso", reitera.

Ainda de acordo com ele, pouquíssimos cirurgiões sérios fazem o procedimento, e alguns esteticistas podem estar falsificando o produto, que geralmente é caro. Cada 100 ml de Aqualift custam em torno de R$ 2.200, fora os honorários médicos.

Relatos de pacientes que já fizeram procedimentos assim assustam Tozaki. "O Aqualift vem num frasco pequeno, como se fosse de soro, e é injetado. Já ouvi de pacientes que 'a pessoa' trouxe o produto num balde, pegou com uma seringa e injetou. Isso indica que provavelmente não é o mesmo material. Devem ter colocado um silicone industrial no lugar."

DRENAGEM

Tozaki explica que quando o hidrogel infecciona, o procedimento para tirá-lo é muito complicado. "Trata-se de uma substância líquida, e não sólida como o silicone. Se o corpo rejeita o silicone, é só tirar a prótese. Mas hidrogel não é uma prótese, é uma quantidade de produto líquido injetado no corpo. Pode atingir músculos, órgãos, é muito difícil de encontrar tudo para conseguir drenar".

Provavelmente o que aconteceu com Andressa foi que o produto não foi inteiramente drenado da primeira vez que ela o retirou. A vice-Miss Bumbum já fez cerca de três cirurgias para tentar drenar todo o hidrogel.

"Se a pessoa demorou para procurar ajuda médica ou o tratamento não foi o ideal, essa infecção, até então localizada, pode ir para o sangue, virar uma infecção generalizada e acometer outros órgãos".

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