Tania Khalill não é destas que agradece à genética pelo bom corpo. Aos 37 anos e mãe de duas meninas, Isabela, 7, e Laura, 3, ela afirma que não é fácil manter o corpo sequinho e saudável, e que foi gordinha na infância.

"Eu me cuido bastante. Já fui bem gordinha quando era criança, minha família também tem muita gente gordinha. Acho que não tem mistério para isso, é se cuidar. A não ser quem tem a genética incrível, o que não é o meu caso", revelou Tania ao "F5".

Além de praticar muay thai, musculação e corrida, a atriz, que é ex-bailarina clássica, também cuida da alimentação. Recentemente, virou cliente de um serviço de marmitas saudáveis orgânicas, que leva todos os dias para os ensaios do espetáculo "Azul", que estreia em novembro. "Elas me ajudam a não chutar o balde. Se deixar, a gente se acaba nos biscoitos aqui nos ensaios!", brinca.

"Aprendi desde criança a estar atenta à alimentação. E como fui bailarina, também estou acostumada ao exercício. Se eu fico duas semanas sem me exercitar já me sinto mal. Para mim, é tão importante quanto fazer terapia. É uma forma de eu me oxigenar em todos os sentidos", explica.

Fã de chocolate, ela conta que aprendeu a substituir a guloseima pelo tipo amargo, que tem menos açúcar e ainda traz os benefícios do cacau.

Em sua casa, entra de tudo: doces, guloseimas e comida saudável. "Não temos restrição para nada lá em casa. Minhas filhas comem de tudo, inclusive doces. Claro que priorizamos os alimentos saudáveis, mas o importante é saber dosar. Não sou a favor de nada radical, acho que dá o efeito contrário", justifica.

Para cuidar da pele, Tania frequenta regularmente o consultório de sua dermatologista, e não descarta fazer procedimentos mais radicais um dia, se achar necessário. "Nunca fiz, mas daqui a pouco vou ter que fazer", brinca ela, ressaltando que é importante manter a expressão para o trabalho de atriz.

DESAFIO

Empolgada para estrear nos palcos com "Azul", Tania conta que sempre teve vontade de montar o espetáculo, no qual interpreta cinco personagens diferentes em dez histórias.

"Para o ator, esse texto é muito legal. Cada vez que você vai mergulhando parece que ele tem mais espaço. É um texto muito amplo sobre paixões, encontros, amores, traições, desejos", conta ela, que contracena com André Garolli sob direção de Isser Korik.

A peça, adaptação do texto "Blue Room", de David Hare, estreia no dia 7 de novembro em Campinas e 8 de janeiro em São Paulo, no Teatro Folha, e fica até maio.

Ela comparou o desafio de fazer a peça com seus trabalhos em novelas, que muitas vezes acabam enveredando para um mesmo lado.

"Na TV, a gente acaba fazendo muita coisa repetida, porque as pessoas te vêem naquele tipo de personagem e é aquilo que é oferecido", explica.

"Aqui a gente tem que esmiuçar, procurar outras outras características, acho que esse exercício como atriz me faz ver que muitas vezes a gente fica com um tipo específico."

Após o fim de "Joia Rara" (Globo), Tania passou dois meses em Nova York com a família, onde fez um curso de teatro com o dramaturgo John Strasberg. "Me abriu muitos horizontes, vivi uma imersão muito rica", conta ela, que por enquanto não tem nenhum projeto na emissora, com a qual tem contrato por obra.

Além da peça, ela tem um projeto de levar à TV o espetáculo infantil "Grandes Pequeninos", musical baseado no livro-CD homônimo lançado pelo marido em 2009.