Regina Duarte, 67, contou que o circo teve uma forte influência na sua escolha profissional.

"Eu convivi muito com isso porque na esquina da minha casa acampava um circo, quando eu tinha oito, dez, doze anos", disse em entrevista a Leda Nagle no "Sem Censura" (TV Brasil). "E foi a minha primeira visão da arte de representar."

"No mesmo tempo, tinha um menino mais ou menos da minha idade, que acho que foi a minha primeira paixão", revelou. "Ele se chamava Palhaço Ferrugem, por que ele era todo cheio de 'sardinhas'."

"Eu ia pro circo e ficava vendo ele se apresentar", contou. "E, naquela época, cheguei a ensaiar uns personagens com ele."

Comemorando 50 anos de carreira, a atriz anunciou também que está preparando uma biografia, que poderá ser escrita por ela mesma.

"Eu gostaria de escrever uma biografia contando mais sobre os bastidores, da pessoa que está ali vivendo isso tudo", revelou.

Ela falou ainda sobre a família e disse que teve uma infância muito feliz. Nessa época, ela dançava balé e declamava poemas em saraus organizados pelo pai militar.

"Eu lembro da gente na cozinha porque a nossa coxia era a cozinha", contou. "A sala era o palco e o armazém ao lado o meu pai enchia de cadeira e ali ficava a plateia, com a vizinhança toda."

"No bairro, chamavam a gente de família Trapo, em referência à família alemã Trepe. Depois é que veio o programa de TV com o Golias. O melhor disso tudo era que eu ouvia música clássica todos os dias na rádios. Não tinha televisão ainda."

A entrevista vai ao ar na sexta-feira (14), a partir das 16h.