O cantor Felipe Pezzoni, 28, diz já estar sentindo os efeitos de estar à frente de uma das principais bandas de axé do país.

Ele estreou como vocalista da Banda Eva há uma semana, após receber o bastão de Saulo Fernandes, 35, que saiu para lançar-se em carreira solo.

"O assédio aumentou bastante", contou o músico, que assumiu a vaga que também já foi de Ivete Sangalo e Emanuelle Araújo, ao "F5" por telefone.

Comprometido, ele diz que a noiva é quem "ainda está se acostumando".

"O público está me recebendo muito bem, espero que não seja diferente em São Paulo", comemorou.

O primeiro show com a nova formação da banda na capital paulista ocorre no sábado (23), no Clube Pinheiros.

"Um dia Ivete também estava começando e hoje ela é a nossa maior artista", diz o cantor, que por enquanto não pensa em carreira solo. "Tem que ter paciência para as conquistas", filosofa.

SOL, SOM, SURFE, SAL

Nascido em Salvador (BA), Felipe diz que começou a se interessar por música desde criança, já que seu pai tocava percussão como hobby.

A primeira banda foi com os amigos de surfe da praia de Ipitanga. "Nunca fui bom de futebol, mas surfo direitinho", brincou. "Mas canto melhor do que surfo."

A música virou profissão mesmo aos 17 anos, quando passou a cantar com a banda de forró Melaço de Cana.

"Não era meu estilo preferido, mas fui pela oportunidade", afirmou.

Ele passou por outras bandas até montar a Mil Verões, com a qual gravou um álbum independente que teve relativo sucesso local.

Quando estava gravando o segundo CD, recebeu a proposta de ser empresariado pelo Grupo Eva, dono da banda homônima.

Em uma das reuniões que ele achava que seriam sobre o novo álbum, recebeu o convite para substituir Saulo Fernandes.

"Foi um susto bacana", disse. "Eu demorei dois segundos para responder, um para assimilar e outro para dizer sim."