Instituto Vladimir Herzog disponibiliza acervo digital com mais de mil itens do jornalista
'É importante disponibilizar esse acervo para mostrar quem era Herzog', diz filho
'É importante disponibilizar esse acervo para mostrar quem era Herzog', diz filho
O Instituto Vladimir Herzog disponibilizou um grande acervo virtual sobre Vladimir Herzog (1937-1975). Com mais de 1.700 itens digitalizados, de fotografias a correspondências, a ideia da instituição é resgatar a trajetória profissional e pessoal do jornalista e intelectual para além de seu trágico assassinato por agentes da ditadura civil-militar, em outubro de 1975.
"Tudo que se tinha sobre o meu pai era sobre sua morte. Agora podemos mostrar quem ele realmente era: detalhes da família, todo o material que ele produziu, não só no jornalismo. Ele amava cinema e fotografia. É importante disponibilizar esse acervo para mostrar quem era a pessoa Vladimir Herzog. Queremos humanizar a história do meu pai", diz Ivo Herzog, filho do jornalista e presidente do Conselho do Instituto.
Desenvolvido em mais de dois anos de intensa pesquisa, o acervo disponibiliza tanto a documentação pessoal preservada por mais de quatro décadas pela família, quanto outros materiais –alguns inéditos- mapeados por pesquisadores em mais de 20 instituições e acervos públicos e privados. Entre os itens estão mais de mil fotografias, muitas registradas pelo próprio Vlado –seu nome de nascença–, reportagens, cartas e uma série com depoimentos de familiares e amigos do jornalista.
"É um arquivo vivo. Continuamos recebendo muitos emails de pessoas contribuindo com esse acervo. Ao longo dos próximos meses vamos conseguir melhorar e incluir ainda mais informações. Minha alegria é saber que muitas pesquisas podem surgir a partir desse material. Muitos dos textos são muito atuais e isso só reafirma a importância de conhecer mais sobre a história do Vlado", destaca Luis Ludmer, coordenador técnico do acervo Vladimir Herzog (Site do Acervo Vladimir Herzog).
Nascido na então Iugoslávia, atual Croácia, Herzog migrou para o Brasil após a 2ª Guerra Mundial. Formou-se então em filosofia e passou a trabalhar em grandes veículos de imprensa do país. Filiado ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), atuava politicamente contra o regime militar (1964-1985) até ser assassinado no DOI-Codi (centro de repressão do Exército) de São Paulo pelos militares que, na época, registraram a morte como suicídio -fato desmentido pela Comissão Nacional da Verdade.
"A história do meu pai, até pelos seus valores, sempre inspirou as pessoas a defender a democracia. Acredito que isso pode ser mais uma forma de apoio, ainda mais no atual governo [Jair Bolsonaro] que gosta de exaltar a ditadura civil-militar. A gente precisa lutar constantemente, encontrar caminhos para seguir, ainda mais em uma democracia ainda muito incipiente", ressalta Ivo.
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