Agora no É de Casa, Thiago Oliveira quer abrir portas para pretos na TV
Todos podem sonhar, diz apresentador, que acaba de migrar para o entretenimento
Todos podem sonhar, diz apresentador, que acaba de migrar para o entretenimento
Depois de passar pelo esporte da Globo e do SporTV e encabeçar um bloco dedicado a São Paulo no Esporte Espetacular, agora chegou a vez de o apresentador Thiago Oliveira, 37, realizar o seu grande sonho: tornar-se um comunicador popular do entretenimento.
Com mudanças na parte da manhã da emissora, ele estreia neste sábado (9) no comando do É de Casa, junto com Talitha Morete, Rita Batista e Maria Beltrão. "Meu objetivo é fazer o povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV", diz. Confira abaixo a entrevista do apresentador ao F5.
Que tipo de marca você quer acrescentar ao É de Casa?
É preciso ser plural e falar com todos os públicos para que tenham a mesma compreensão. E, claro, quero levar a marca da leveza na informação e dar um sorriso para a família brasileira. Que mesmo que passem por alguma necessidade consigam receber essa alegria.
Você sempre teve certeza de que poderia ir cada vez mais longe na carreira?
Sim. Quantos grandes programas no esporte nós temos? Sempre almejei estar nos melhores. Então é natural que grite dentro de mim que esteja na hora de abrir o leque. Não tem como não se sentir honrado em entrar todos os sábados ao vivo no É de Casa. Fui escolhido. Vi profissionais criando e fazendo o nome no entretenimento, e agora chegou a minha vez.
Como foi seu último trabalho no Fantástico?
Foi um convite do pessoal para fazer algo com começo e fim. Foi um baita projeto o reality show O Som da Minha Vida, falar de música. Depois disso, não voltei ao esporte como programado, pois no meio do caminho surgiu o É de Casa. Aí tirei todas as férias que precisava.
Recentemente houve uma acusação de racismo no É de Casa. Como vê sua chegada depois disso?
Minha chegada à atração é uma importante representatividade e grande responsabilidade. Carrego comigo milhões de pretos e pretas desde 2007, quando entrei no ar pela Gazeta e não via nenhum preto ao meu redor. Hoje vemos mais diversidade e representar os meus é gratificante. Meu objetivo é fazer esse povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV junto com a Rita Batista.
Agora metade da equipe de apresentadores do É de Casa é negra...
Creio que podemos gerar esperanças para tantas pessoas e não há presente melhor. Vou fazer isso pelos meus ancestrais e tantos outros que sonham em ser apresentadores. E os que não sonhavam agora poderão sonhar. Entro no ar sabendo absolutamente tudo e alerta para que sempre possa de certa maneira passar recados e explicar, ensinar e mostrar a importância de todos nós sermos antirracistas.
Essas danças das cadeiras mais assustam ou motivam profissionais da Globo?
Acho que motivam. É como uma certeza de que eu também posso, gera esperanças. Quando tem dança das cadeiras a gente vê o lado positivo, é importante ter mudanças, os ciclos começam e terminam. Quantas vezes fiquei na expectativa de fazer parte dessa dança das cadeiras e não rolou. Quanto a bater medo, se tivermos segurança do que fazemos isso se converte em trabalho.
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