Comic Con

Quadrinistas contam histórias hilárias de experiências que tiveram com Stan Lee

Papo aconteceu durante painel sobre os X-Men

Stan Lee - AFP
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São Paulo

Quadrinistas que, em algum momento, fizeram parte da criação dos X-Men se reuniram em um dos painéis da Comic Con 2018 desta sexta (7). A maior parte deles teve contato direto com Stan Lee (1922-2018) e Jack Kirby (1917-1994), que morreu no dia 12 de novembro, aos 95 anos em Los Angeles.

Eles ainda falaram da importância que esses personagens Mutantes, também criados por Lee na década de 1960, podem ter na vida de um adolescente.

O americano John Romita Jr. lembrou da época em que ainda era adolescente e acompanhava o trabalho de seu pai, também quadrinista na Marvel.

“A primeira vez que vi Stan Lee ele estava explicando uma nova história do Homem-Aranha ao meu pai, pulando e se gesticulando de um lado para o outro enquanto meu pai tomava nota de tudo. A partir daí, eu sempre encontrava com ele, mas ele sempre me chamava de ‘menino’, porque nunca lembrava meu nome”, disse Romita Jr., que leva o mesmo nome de seu pai.

Joe Rubinstein completou: “Ele realmente falava pulando de um lado para o outro, e quando sentava na cadeira, destruía os óculos que tinha deixado lá, e então gritava para a sua secretária: ‘Arrume um novo par de óculos, por favor’”, brincou o quadrinista.

A história mais engraçada, no entanto, foi de Scott Lodbell. “Ele me chamava de ‘velho Scott’, sim, ele lembrava o meu nome, e veio me contar que foi na pré-estreia de ‘Titanic’ e que o James Cameron [diretor do filme] me chamou para o palco. Acho que as pessoas ficaram imaginando quem era aquele velho homem ao lado de James”.

Lodbell lembra que não perdeu a piada e respondeu a Lee que as pessoas, com certeza, achavam que ele era o sobrevivente mais velho do Titanic. “Ele respondeu, ‘seu filho da puta, muito bom, vou usar isso”.

​MUTANTES NA VIDA MODERNA


Os X-Men foram criados na década de 1960 e as histórias são bastante relacionadas à Segunda Guerra Mundial e ao nazismo, luta contra o preconceito de gêneros e crenças. Para os quadrinistas que já passaram pelos quadrinhos, as histórias continuam sendo uma boa motivação aos jovens.

“Imagine que você é um adolescente que não está entendendo que está acontecendo com você e, de repente, você descobre que tem poderes. Não é muito diferente do jovem comum, que está em busca de encontrar os seus iguais, os seus grupos”, reflete John Cassady.

"Encontre a sua própria espécie e, assim, juntos, vocês serão mais fortes”, completa Rubinstein, reforçando a ideologia dos quadrinhos.

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