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Português Felipe Oliveira Baptista deixa direção artística da Lacoste

O estilista estava no cargo desde 2010

Felipe Oliveira Baptista estava à frente da Lacoste desde 2010, onde ajudou a dobrar o faturamento da marca
Felipe Oliveira Baptista estava à frente da Lacoste desde 2010, onde ajudou a dobrar o faturamento da marca - Bertrand Guay-2.mar.2018/AFP
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Mais um episódio da dança das cadeiras no mundo da moda. A marca francesa Lacoste anunciou nesta quarta-feira (2) que o português Felipe Oliveira Baptista vai deixar a direção artística da empresa. O estilista estava no cargo desde 2010.

“Felipe ajudou a escrever nesses últimos 8 anos um capítulo da história da Lacoste. Somos muito agradecidos por sua contribuição para o crescimento artístico e comercial da marca”, declarou o presidente da empresa, Thierry Guibert em um comunicado.

A marca Lacoste, conhecida por suas camisetas polo e suas inspirações vindas do universo do tênis, esporte praticado por seu fundador René Lacoste, nos anos 1930, dobrou suas vendas desde a chegada do estilista português. A empresa registrou um faturamento de 2 bilhões de euros (cerca de R$ 8,5 bilhões) em 2016.

A marca já vinha mudando de imagem antes mesmo da chegada do estilista, quando ainda estava sob a batuta do francês Christophe Lemaire, que adotou um discurso e um posicionamento de grife de luxo. Mas com a direção artística de Oliveira Baptista, a Lacoste apresentou alguns dos desfiles mais bem-sucedidos da Fashion Week de Nova York, antes de decidir voltar para as passarelas parisienses, em 2017.

A direção da marca não indicou quem vai substituí-lo. A única informação divulgada é que a coleção primavera-verão 2019 será concebida pelo estúdio interno e que haverá uma reestruturação na direção artística.

REVIRAVOLTAS NA MODA

Com a saída do português, Lacoste entra para a lista das grifes que decidiram abrir um novo capítulo em seus estúdios de criação e confirma que o mundo das passarelas é capaz de transformações dignas de um mercado de futebol.

As trocas recentes de diretores artísticos começaram com o anúncio da contratação em janeiro do francês Hedi Slimane para a direção artística da Céline, substituindo Phoebe Philo, após dez anos à frente da marca. Um mês depois, o italiano Riccardo Tisci deixou a Givenchy para dirigir o estilo da Burberry.

Ainda entre as marcas de luxo, o norte-americano Virgil Abloh assumiu em março as linhas masculinas da gigante do luxo Louis Vuitton. Ele substitui o britânico Kim Jones, que foi assinar as linhas masculinas da Dior no lugar do belga Kris Van Assche, que se mudou para a Berluti, substituindo o francês nascido na Colômbia Haider Ackerman. 

RFI
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